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Interior

“Titan”, apontado como chefe de disciplina do PCC, é preso na fronteira

Élio Baldovino Ovelar Espinosa, de 47 anos, foi preso ontem, em Pedro Juan Caballero

Helio de Freitas, de Dourados | 30/03/2022 09:11
Élio Espinosa, o “Titan”, suposto chefe do PCC preso na fronteira com MS. (Foto: Divulgação)
Élio Espinosa, o “Titan”, suposto chefe do PCC preso na fronteira com MS. (Foto: Divulgação)

Bandido apontado como chefe do quadro de “disciplina” da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) foi preso nesta terça-feira (29), na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul.

Élio Baldovino Ovelar Espinosa, 47, o “Titan”, foi localizado por investigadores da Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada por uma rua de Ponta Porã (a 313 km de Campo Grande). “Disciplinas” são membros da facção responsáveis em fazer cumprir as regras do PCC, tanto dentro dos presídios quanto na ruas.

Segundo a polícia paraguaia, “Titan” é apontado como um dos envolvidos no atentado contra narcotraficantes da fronteira durante a Ja’Umina Fest, evento de danças tradicionais da Argentina e da Colômbia, no dia 30 de janeiro deste ano, em San Bernardino, cidade perto da capital Asunción.

Morreram na festa o traficante Marcos Ignacio Rojas Mora e a empresária e influenciadora digital Cristina Vita Aranda, mulher do jogador de futebol Tito Torres, do Olímpia, atingida acidentalmente por um dos tiros.

Com ordem de prisão por narcotráfico e posse ilegal de arma desde fevereiro deste ano, “Titan” era alvo da Unidade Contra o Crime Organizado, do Ministério Público do Paraguai. Ele foi localizado no Bairro San Bernardino, em Pedro Juan Caballero.

Conforme a investigação conduzida pelo Ministério Público paraguaio, Marcos Rojas Mora, conhecido como “Marcos Capital”, teria recorrido a “Titan” para conseguir receber pelo fornecimento de 18 quilos de cocaína a Alcides de Jesus Peralta Villasboa, o “Ropero”.

Revoltado com a atitude do companheiro de facção, Alcides teria mandado executar Marcos Rojas. Os dois seriam subordinados a “Titan”. Alcides teria determinado a morte do “colega” sem autorização dos líderes do PCC e, por isso, também estaria marcado para morrer.

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