ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, QUINTA  26    CAMPO GRANDE 28º

Interior

TJ considera ex de jogador esquartejado "perigosa" e mantém prisão

Defesa de Rubia Joice Luivisetto, de 21 anos, que está presa desde 4 de julho, vai recorrer ao STJ

Por Anahi Zurutuza | 21/09/2023 16:36
Rubia Joice de Oliver Luivisetto, de 21 anos, é acusada de armar emboscada para matar o ex, Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, 19 (Fotos: Reprodução das redes sociais)
Rubia Joice de Oliver Luivisetto, de 21 anos, é acusada de armar emboscada para matar o ex, Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, 19 (Fotos: Reprodução das redes sociais)

O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) decidiu manter presa Rubia Joice de Oliver Luivisetto, de 21 anos, ex-namorada do Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, 19, que para a Polícia Civil, o atraiu para a morte. A decisão da 2ª Câmara Criminal cita a periculosidade da acusada, que acabou na prisão em 4 de julho, quando se apresentou em delegacia.

Desembargadores da 2ª Câmara Criminal negaram o habeas corpus de Rubia, por unanimidade, a “garantia da ordem pública” e por entenderem que é necessária a “manutenção da custódia cautelar porque está evidenciada a gravidade concreta dos delitos”. A defesa da jovem vai recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Rubia teve decretada prisão temporária – quando a polícia requisita a medida restritiva de liberdade para terminar uma investigação, por exemplo –, mas no início de agosto, juiz Mateus da Silva Camelier, substituto na Vara Única de Sete Quedas, decidiu mantê-la na cadeia. A prisão foi convertida em preventiva (por tempo indeterminado) no dia 1º de agosto, horas antes de expirar o prazo de reclusão dado anteriormente (30 dias).

Na Justiça – O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) denunciou a ex-namorada e o “ficante” dela, Danilo Alves Vieira da Silva, 19, por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e mediante emboscada. Para a acusação, ela atraiu o jogador até sua casa com a intenção de matá-lo. Os dois respondem também por ocultação de cadáver.

Cleiton Torres Vobeto, o “Maninho”, amigo de Rubia, foi denunciado pela ocultação do corpo, mas responde ao processo em liberdade. Já Noemi Matos de Oliver e Patrick Eduardo do Nascimento, mãe e padrasto de Rubia, respondem por fraude processual, já que teriam ajudado o trio a encobrir vestígios do assassinato.

Em reconstituição, policiais simulam momento que corpo é jogado no Rio Ivinhema (Foto: PCMS/Divulgação)
Em reconstituição, policiais simulam momento que corpo é jogado no Rio Ivinhema (Foto: PCMS/Divulgação)

Em solo policial – O acusado de assassinar Hugo Vinícius foi o último a ser preso, no dia 16 de agosto. Ele estava foragido e foi encontrado escondido em imóvel na cidade de Iguatemi, cidade a 100 km de Sete Quedas. Ele não nega participação no crime, mas informou à polícia que só dará sua versão sobre os fatos em juízo. Foi Rúbia Joice quem atribuiu a ele a autoria dos disparos que mataram o ex-namorado.

De acordo com o que foi divulgado pela investigação, que tramitou em sigilo, Hugo saiu de uma festa em posto de combustíveis em Pindoty Porã, cidade paraguaia que faz fronteira com Sete Quedas – a 471 km de Campo Grande –, na madrugada do dia 25 de junho. Ele foi deixado por amigos na casa da ex-namorada e até então, não havia sido mais visto. A família procurou a polícia e registrou um boletim de desaparecimento.

Uma denúncia anônima levou às buscas pelo jogador ao Rio Iguatemi. O Corpo de Bombeiros trabalhou intensamente, sem sucesso nos três primeiros dias, mas, então, a polícia chegou até “Maninho” – amigo de Rubia, que confessou ter ajudado na ocultação do cadáver. Ele apontou onde o corpo do jogador foi desovado, um ponto do rio que passa por dentro da propriedade rural da família de Danilo.

No dia 2 de julho, bombeiros passaram a localizar partes do corpo da vítima, que havia sido esquartejado.

Após se entregar à polícia, Rubia alegou que Hugo invadiu sua casa e Danilo atirou contra o ex durante a confusão. Depois, o “ficante” teria feito ameaças de morte a ela e a “Maninho” para que os dois ajudassem a encobrir o crime.

A moça também afirmou que Danilo e o amigo foram os responsáveis por colocar o corpo de Hugo na carroceria do veículo dela e se livrarem do cadáver. Disse que não sabia o que havia sido feito do corpo, muito menos do esquartejamento.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.

Nos siga no Google Notícias