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Interior

Três dias após iniciar ações, Exército retira pelotão de região de fronteira

Os 30 militares chegaram sábado ao município onde policial civil foi assinado por traficantes e ontem deixaram o local, apesar de a 11ª fase da Operação Ágata ainda não ter sido encerrada

Helio de Freitas, de Dourados | 22/06/2016 16:10
Presença do Exército em Paranhos durou apenas três dias (Foto: Vilson Nascimento/A Gazeta News)
Presença do Exército em Paranhos durou apenas três dias (Foto: Vilson Nascimento/A Gazeta News)

Apesar do apelo de autoridades sul-mato-grossenses e da população da fronteira, o Exército já encerrou sua participação na força-tarefa desencadeada em conjunto com organismos de segurança pública no município de Paranhos, a 469 km de Campo Grande, na fronteira do Brasil com o Paraguai.

A região é dominada pelo crime organizado e na noite de terça-feira passada o policial civil Aquiles Chiquin Júnior foi executado supostamente por ordem de traficantes locais.

O pelotão com pelo menos 30 militares chegou ao município no sábado (18), como parte das ações da 11ª edição da Operação Ágata, mas a presença do Exército na linha de fronteira, cobrada inclusive pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), durou apenas três dias. Ontem os militares deixaram o município.

A seção de relações públicas do 17º RC (Regimento de Cavalaria Mecanizado), localizado em Amambai e responsável pela região de Paranhos, confirmou ao Campo Grande News que os militares encerraram a missão naquele município e voltaram para o quartel.

Segundo o oficial responsável pela comunicação social do regimento, os militares podem voltar a Paranhos caso tenha uma nova ordem nesse sentido, mas por enquanto vão permanecer fora da região, apesar de a Operação Ágata ainda não ter sido encerrada.

“É um absurdo que o Exército brasileiro não faça a segurança na linha de fronteira. Nossa população sente medo o tempo todo por causa dos bandidos”, disse hoje um político de Paranhos, que pediu para não ter seu nome divulgado.

Durou pouco – No sábado, quando os militares chegaram a Paranhos, o comandante do 17ª RC Mec, tenente-coronel Regis Rodrigues Nunes, disse que a ação em sintonia com as forças policiais era para aumentar a sensação de segurança no município de 12,3 mil habitantes.

Nesta terça-feira (21), a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul informou que pediu ajuda à polícia paraguaia para localizar e prender os suspeitos de participação na execução do policial civil Aquiles Chiquin Júnior.

Todos estão com as prisões decretadas, mas, de acordo com as investigações, após o crime fugiram para Ypejhu, cidade paraguaia próxima a Paranhos.

Como os envolvidos no assassinato já estão identificados e com as prisões decretadas, a polícia reduziu o número de agentes na cidade. Permanece apenas a equipe da Denar (Delegacia Especializada de Combate a Narcóticos), de Campo Grande, comandante pelo delegado João Paulo Sartori, responsável pelas investigações.

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