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Interior

Vereador alega que R$ 88 mil apreendidos na casa dele são "fruto do trabalho"

Policiais do Gaeco encontraram dinheiro em espécie na casa do parlamentar, que nega ser corrupto

Gabriel de Matos | 16/08/2023 18:55
Vereador Tiago teve o imóvel alvo de buscas (Foto: Henrique Kawaminami)
Vereador Tiago teve o imóvel alvo de buscas (Foto: Henrique Kawaminami)

Alvo da Operação Tangentopoli, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), o vereador de Ribas do Rio Pardo, Tiago Gomes de Oliveira (PSDB), conhecido como 'Tiago do Zico' publicou nota negando acusações de corrupção passiva. Mais cedo, o parlamentar saiu da Câmara Municipal acompanhado do advogado e sem falar com a imprensa.

A casa e gabinete do vereador foram vistoriados pelos agentes. No imóvel, foi apreendida a quantia de R$ 88.400,00 em espécie. Em relação à apreensão do dinheiro, a nota pública da defesa afirma que o recurso tem origem comprovada.

"Trata-se de origem comprovadamente lícita, fruto de árduo trabalho de quase duas décadas, que foram sacados recentemente de caderneta de poupança para integração de capital de giro nas atividades empresariais de Tiago", disse a nota.

A defesa complementa que a conta corrente da empresa do vereador se encontra bloqueada para movimentação desde março, o que explicaria o "dinheiro vivo" na casa do cliente.

O advogado Paulo Rogério de Souza Bernardes reforçou que a defesa não teve acesso aos autos da operação do Gaeco e que "sem dúvidas, apontará cabalmente a inocência de Tiago".

Nota da defesa do vereador encaminhada ao Campo Grande News (Foto: Reprodução)
Nota da defesa do vereador encaminhada ao Campo Grande News (Foto: Reprodução)

Investigação - Casas de vereadores, de ex-funcionário da Câmara Municipal e do ex-prefeito José Domingues Ramos (PSDB), o "Zé Cabelo", foram alvos de buscas na manhã desta quarta-feira (16) por agentes do Gaeco.

Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão. Celulares, computadores e documentos estão na lista de itens apreendidos.

O Gaeco afirma que se trata de uma associação criminosa formada por vereadores e pessoas a eles ligadas, voltada ao cometimento de corrupção e demais delitos correlatos. O nome da operação faz alusão ao escândalo de corrupções em Milão, na Itália, que ganhou denominação na mídia de Tangentopoli (cidade das propinas), que é a combinação da palavra "tangente" (propina) e "poli" (cidade).

Agente do Gaeco adentrando à Câmara Municipal de Ribas do Rio Pardo (Foto: Henrique Kawaminami)
Agente do Gaeco adentrando à Câmara Municipal de Ribas do Rio Pardo (Foto: Henrique Kawaminami)

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