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Cidades

Júlio Cesar admite que "escândalo" afeta credibilidade da OAB/MS

Edivaldo Bitencourt e Leonardo Rocha | 06/12/2013 10:10
Conselho da OAB voltou a discutir hoje a crise no comando da entidade (Foto: Cleber Gellio)
Conselho da OAB voltou a discutir hoje a crise no comando da entidade (Foto: Cleber Gellio)

O presidente da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul), Júlio Cesar Rodrigues Souza, reconheceu, na manhã de hoje, que a polêmica em torno do contrato firmado com o prefeito Alcides Bernal (PP), prejudicou a imagem da entidade. “As denúncias estão afetando a credibilidade da OAB”, admitiu, em entrevista na manhã de hoje, antes da reunião do Conselho Estadual da entidade.

No entanto, apesar das denúncias e da carta pregando o seu afastamento imediato do comando da entidade, Júlio Cesar não pretende deixar o cargo. Ele disse que vai provar que não cometeu nenhuma irregularidade. Apesar da pressão, o dirigente não descarta manter o contrato com a prefeitura, que foi firmado em 24 horas e prevê o pagamento de R$ 11,2 mil por mês.

A continuidade do acordo com o município, segundo Júlio Cesar, será tema de uma reunião com o prefeito e a Procuradoria Geral do Município. Apesar dele já ter ingressado com recurso na Secretaria Estadual de Fazenda para rever os índices do rateio do ICMS da Capital, Júlio Cesar garantiu que “não assinou” contrato com o município.

Avaliar – Ele prometeu avaliar a carta aprovada por 18 dos 31 presidentes das subseções da OAB/MS, na qual pedem o seu afastamento imediato do cargo e anunciam o rompimento político.

O presidente reconhece que o grupo tem autonomia para pedir o seu desligamento da entidade, mas minimiza os números. Fala que apenas 15 assinaram a carta. “A maioria não aderiu”, acusa.

Júlio Cesar ainda argumenta que o Conselho Federal já rejeitou uma vez o pedido de afastamento. E minimiza o fato da diretoria romper com ele. “Sempre fui independente”, contou. “Nunca fui ligado a partido”, frisou.

E desafiou os dirigentes e opositores a provarem que ele cometeu alguma irregularidade. “Esse novo pedido terá que provar que houve qualquer dano ético ou moral à Ordem”, desafiou. E mostrou-se confiante para escapar da pressão da oposição e de ex-aliados.

“Enfrentei uma oposição histórica e tive a maior diferença de votos em relação a todos os presidentes da OAB”, gabou-se. Júlio Cesar também negou que não ouça a diretoria nem dá explicações sobre os seus atos.

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