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Cidades

Justiça nega liberdade a Puccinelli Júnior, preso desde o dia 20 de julho

Defesa fundamentou pedido na extinção do Instituto Ícone e alegou que o advogado, filho de Puccinelli, é o responsável legal por duas crianças com menos de 12 anos

Aline dos Santos e Anahi Zurutuza | 20/09/2018 09:25
Puccinelli Júnior em entrevista ao Campo Grande News em 2013 (Foto: Arquivo)
Puccinelli Júnior em entrevista ao Campo Grande News em 2013 (Foto: Arquivo)

A Justiça Federal negou o pedido do advogado André Puccinelli Júnior, atrás das grades desde 20 de julho, para revogar a prisão preventiva ou substituição por prisão domiciliar. Filho do ex-governador André Puccinelli (MDB), também preso há dois meses, o advogado informou a extinção do Instituto Ícone, apontada como “poupança de propinas”, e ser o único responsável pela guarda e sustento de dois filhos menores de 12 anos.

Conforme a defesa, o fechamento da empresa é um fato novo e como a prisão cautelar foi fundamentada na garantia da ordem pública, o encerramento impede também o uso da empresa para a suposta lavagem de dinheiro.

O juiz federal Sócrates Leão Vieira Cruz, substituto na 3ª Vara Criminal Federal de Campo Grande, negou o pedido de substituição da prisão preventiva pela domiciliar, contudo, porque para ele, “a mãe das crianças possui plenas condições de, na ausência paterna, assumir a responsabilidade pelo cuidado dos filhos menores”.

O magistrado também negou a revogação da prisão porque no entendimento dele o pedido “não preenche os requisitos legais”.

A decisão é do dia 17 deste mês e o despacho foi publicado em diário oficial nesta quinta-feira (20).

Lama Asfáltica – Depois de prender Puccinelli, Júnior, o advogado João Paulo Calves em novembro do ano passado, a PF (Polícia Federal) voltou às ruas no dia 20 de julho deste ano numa reedição da Papiros de Lama, 5ª fase da Operação Lama Asfáltica.

A ponto de união entre os três investigados é o Instituto Ícone. De forma resumida, a acusação é de que o dinheiro da propina destinada ao ex-governador era repassado ao instituto, que apesar de superavitário, não remunerava com mesmo vigor financeiro Calves, seu único dono no papel.

Para a Lama Asfáltica, o verdadeiro proprietário era Puccinelli Júnior, que tinha procuração com poderes para “todos os atos que se fizerem necessário”.

A ocultação de documentos numa quitinete em Indubrasil também foi usada como argumento para a prisão.

Puccinelli e o filho, que abriu mão do direito à cela especial para advogados, estão presos na cela 17 do Centro de Triagem Anízio Lima. Já Calves está no Presídio Militar. As duas unidades ficam no Complexo Penal de Campo Grande.

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