Onze meses após apreensão, PF acha maconha em carro de desembargadora
No dia 8 de abril de 2017, carreta atrelada ao Jeep levada maconha. Agora, foi localizada droga no veículo
Apreendido em abril do ano passado, o Jeep Renegade, de propriedade da presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, mas utilizado pelo seu filho Breno Fernando Solon Borges, também levava maconha. A droga foi descoberta por cães farejadores da PF (Polícia Federal).
No dia 8 de abril de 2017, durante flagrante na BR-262, em Água Clara, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) abordou o veículo, onde estavam Breno e a namorada Isabela Lima Vilalva. Ao Jeep, estava atrelada uma carreta reboque, que, por sua vez, levava uma motocicleta de alta cilindrada.
Num compartimento oculto da carreta, foram encontrados 51,7 quilos de maconha e 270 munições de uso restrito. Agora, conforme apurado pelo Campo Grande News, a PF de Três Lagoas localizou drogas também no veículo.
A maconha foi encontrada pelo Núcleo de Operações. Ao todo, à época, foram apreendidos 129 quilos de maconha, sendo o restante levado em uma caminhonete F-250, que pertence a Breno, mas era conduzido por Cleiton Jean Sanches Chaves.
Desde o flagrante, as idas e vindas de Breno para a prisão pautaram os jornais de Mato Grosso do Sul e do Brasil. No dia 13 de junho, a PF deflagrou a operação Cerberus e apontou participação de Breno para regate de um preso do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, a penitenciária de segurança máxima de Campo Grande.
Na sequência, Breno foi transferido para, por ordem do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), para uma clínica de luxo no interior de São Paulo.
A situação chegou a ser apurada pela Corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), mas, conforme nota divulgada pela Amamsul (Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul), não houve irregularidade. Breno acabou voltando para o presídio em 22 de novembro, onde foi flagrado com celular.
O processo por tráfico foi suspenso até decisão sobre um recurso de insanidade mental de Breno, que, conforme a defesa, tem “Síndrome de Bordeline” e não pode ser responsabilizado pelo crime.
Improbidade - A Justiça aceitou, recentemente, denúncia de improbidade administrativa contra a desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges.
Segundo o MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), ela, por meio de ameaça, “forçou” a soltura do filho, que estava preso na Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas.
O TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) havia concedido autorização para que ele trocasse a cela por uma. Contudo, persistia dúvida sobre a validade da decisão, pois Breno tinha contra ele outro mandado de prisão, oriundo da operação da PF. Ela nega as denúncias.