Operação contra máfia do tráfico cumpriu 9 mandados em SP
Ações foram cumpridas em 3 cidades paulistas. Operação é resultado de investigação que começou em 2015
Resultado de uma investigação que começou em 2015, a Operação Laços de Família, coordenada pela Polícia Federal de Mato Grosso do Sul, cumpriu 9 mandados de busca e apreensão no Estado de São Paulo. A operação investiga organização criminosa que “lavava” o dinheiro do tráfico por meio de joias, veículos de luxo, “laranjas” e empresas de fachadas.
Em São Paulo, segundo a polícia federal, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em residências na cidade de São Paulo. Além da Capital paulista, policiais cumpriram um mandado em uma residência de Santo André, na área metropolitana de São Paulo e outro em uma empresa na cidade de Santana do Parnaíba. Outros cinco foram cumpridos no Guarujá, litoral paulista, 4 em empresas e um em residência.
Clã - Apontada como uma das principais fornecedoras de maconha para PCC (Primeiro Comando da Capital), a quadrilha desarticulada pela PF (Polícia Federal) durante a Operação Laços de Família, recebia valores milionários, joias, e até veículos como pagamento pela mercadorias entregue a facção.
Com características de máfia e com forte vínculo com a maior facção criminosa do Brasil, o PCC, a quadrilha passou a ser investigada em 2015. Segundo o delegado Nilson Zoccarato, da Delegacia de Polícia Federal de Naviraí, foi justamente a ostentação dos integrantes em uma cidade de 18 mil habitantes, Mundo Novo (MS), que chamou a atenção da polícia.
Em três anos de investigações, os agentes conseguiram interceptar mais de 27 toneladas de maconha que seriam entregue para a facção e identificaram os líderes do grupo, todas da mesma família.
Quem coordenava o esquema é o policial militar Silvio César Molina Azevedo. Ele e o filho, Jefferson Henrique Piovezan Azevedo Molina - assassinado a tiros em junho de 2017 no centro da cidade - foram apontados como os líderes do esquema.
Operação - Equipes da PF foram às ruas de 5 Estado nesta segunda-feira (25) para cumprir 210 mandados de prisão, apreensão e sequestro de bens. Até o fim da manhã, 21 pessoas haviam sido presas, 15 delas em Mato Grosso do Sul – 2 mulheres e 12 homens, sendo 2 presos temporários e 10 homens presos preventivamente. As penas somadas dos crimes cometidos atingem aproximadamente 35 anos de prisão.
Durante a investigação, a PF já tinha apreendido mais de R$ 317 mil em dinheiro; joias avaliadas em mais R$ 81 mil, duas pistolas, 27 toneladas de maconha, duas caminhonetes e 11 veículos de transporte de carga, além de prender em flagrante delito seis membros da organização investigada.