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Cidades

Para delegado, nova ação da PF reforça envolvimento de pecuarista em caça ilegal

Fabiano Arruda | 01/08/2011 12:05
Rondon será ouvida nesta semana pela Polícia Federal. (Foto: O Pantaneiro)
Rondon será ouvida nesta semana pela Polícia Federal. (Foto: O Pantaneiro)

A apreensão de armas e de mais uma peça feita de couro de onça, realizada na sexta-feira pela Polícia Federal, numa das fazendas de Beatriz Rondon, em Aquidauana, reforçam os indícios de participação da pecuarista no esquema de caça ilegal promovido no Pantanal e revelado pela Operação Jaguar 2, desencadeada em maio.

A informação é do delegado da PF em Corumbá, Alexandre Nascimento. Ele afirmou que, após os cumprimentos dos mandados de busca e apreensão, as peças recolhidas passam por análise e pelo menos cinco envolvidos devem ser ouvidos nesta semana, entre eles, Rondon e Tonho da Onça.

A Federal ainda não havia colhido o depoimento deles.

Segundo o delegado, o inquérito agora depende mais de um laudo e deve ser encerrado entre 30 e 45 dias, caminhando para os pedidos de indiciamento dos acusados.

A ação de sexta-feira, explica Nascimento, serviu para dar corpo às investigações, já que, na primeira operação, em maio, quando trechos de um vídeo que mostrava a caça ilegal correram o País, não havia flagrante para as prisões.

Como desdobramento da Jaguar 2, agentes do Ibama e da PF cumpriram na sexta mandados de busca e apreensão na Fazenda Guaicurus, em Aquidauana, além Campo Grande, Corumbá e Rondonópolis (MT).

Foram encontradas dez armas, algumas sem registro, e vários objetos de caça ilegal como um couro de onça e um couro de uma jaguatirica.

Depois da perícia da Polícia Federal, os materiais serão enviados ao Ibama que, após de análises, define novo auto de infração por crime ambiental.

Beatriz Rondon já havia sido multada em R$ 220 mil por caça ilegal, abate de animais ameaçados de extinção, por caça profissional e por danos a Unidade Estadual de Conservação, categoria que a sua fazenda, Santa Sofia, está incluída.

Ela ficou detida por horas na superintendência da Polícia Federal de Campo Grande por porte ilegal de arma foi liberada após pagamento de R$ 27.250 de fiança.

Em entrevista ao Campo Grande News na sexta, o advogado da pecuarista, Renê Siufi, disse que foram apreendidos, na casa da sua cliente, dois revólveres e uma espingarda “velha” que não pertencem a Beatriz e eram de um tio dela. Ele garantiu que Rondon não tem envolvimento com o esquema de caçada ilegal promovido no Pantanal.

Operação - A Jaguar 2, cuja as investigações já duram mais de um ano, foi desencadeada em 5 de maio para desarticular quadrilha que promovia safáris, e começaram a partir de vídeo, que mostra um safári turístico na fazenda Santa Sofia, em Aquidauana, a 150 quilômetros de Campo Grande, utilizado como uma espécie de propaganda.

As imagens, que circularam no noticiário nacional, mostram um dos caçadores atirando contra uma onça que estava no alto de uma árvore. Após o disparo, o animal despenca e, ao solo, é cercado por cães. Num dos trechos, Beatriz Rondon afirma que se tratava de uma fêmea muito bonita, mas que estava matando os gados de sua fazenda.

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