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Cidades

Polícia acha R$ 736,6 mil em notas de dólares e euros na casa de investigados

Lidiane Kober e Ricardo Campos Jr. | 09/07/2015 14:32
Delegado não revelou em qual casa o dinheiro foi localizado (Foto: Marcos Ermínio)
Delegado não revelou em qual casa o dinheiro foi localizado (Foto: Marcos Ermínio)

Desencadeada na manhã desta quinta-feira (9), a Operação “Lama Asfáltica”, realizada pela PF (Polícia Federal) em Campo Grande, encontrou R$ 210 mil em espécie, R$ 195 mil em cheques, U$ 100 mil em notas e mais 3 mil euros na casa dos investigados, totalizando R$ 736,6 mil.

No total, foram 19 mandados de busca e apreensão, como na casa do ex-deputado federal e atual assessor especial do Ministério dos Transportes, Edson Giroto, e do empreiteiro João Alberto Krampe Amorim dos Santos.

Em entrevista coletiva, na tarde de hoje, o delegado da PF, Antonio Carlos Knoll, revelou a apreensão do dinheiro, mas não contou onde as notas foram encontradas. Ele informou ainda que foram localizados vários documentos. “Foram apreendidos muitos documentos que vão ser analisados”, disse.

O delegado afirmou ainda que a operação foi desencadeado com base em dois inquéritos policiais, que apuram irregularidades em obras. Na mira da polícia está a construção de aterro sanitário, em Campo Grande. Segundo o delegado, o inquérito foi aberto em 2012 e aponta erros na utilização da manta.

De acordo com Knoll, perícia foi realizada e mostrou espessura bem a baixo da indicada da construção da manta do aterro. Também foram detectadas irregularidades na pavimentação da MS-430. Neste caso, o inquérito foi instaurado em 2013, mas o delegado não revelou detalhes da investigação.

Ele reforçou que “há indícios de vários crimes” e que servidores públicos e empresários estão na mira da polícia. O grupo é acusado de cometer sete crimes: sonegação fiscal, formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva e fraudes em licitação.

Iniciadas em 2013, as investigações apontam a existência de uma quadrilha que, por meio de empresas em nome próprio e de terceiros, superfaturam obras contratadas com a Administração Pública. O esquema de fraudes a licitações cooptava servidores públicos. De acordo com a PF, foram identificadas vultosas doações de campanhas à candidatura de um dos principais envolvidos.

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