Por mais R$ 39 milhões, governo espera concluir Aquário até outubro
O Governo de Mato Grosso do Sul terá que concluir a obra do Aquário do Pantanal com exatos R$ 39 milhões e nenhum centavo a mais, conforme prevê o acordo firmado com o Ministério Público e o TCE (Tribunal de Contas do Estado). A empresa que finalizará o empreendimento será contratada sem licitação, mas terá que se adequar a esse orçamento.
A governadora em exercício, Rose Modesto (PSDB), concedeu nesta quinta-feira (18) uma coletiva de imprensa junto com Helianey Paulo da Silva, adjunto da Secretaria de Infraestrutura, e disse à imprensa que a empreiteira responsável fazer o projeto finalmente sair do papel ainda não foi escolhida.
“Vamos nos atentar à expertise dessa empresa, procurar saber se ela tem condições de assumir uma obra desse porte. Também iremos buscar o histórico de projetos que ela já executou para garantir que não haverá hipótese de interrupção no meio do caminho”, afirmou a gestora.
O poder público quer que a contratada finalize o aquário em até dez meses depois de assumir o canteiro. Durante o período eleitoral não é permitido inaugurar quaisquer tipos de empreendimentos. Rose disse que o governo estará atento a isso antes de agendar a abertura do local.
Esse valor estipulado no acordo, e que já está em caixa, prevê apenas as áreas abertas à visitação. Isso quer dizer que os laboratórios e demais setores de pesquisa devem demorar mais para ficarem prontos. Se fosse incluir todos os detalhes do projeto inicial, governo teria de desembolsar R$ 60 milhões.
A Agesul (Agência Estadual de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul) ainda não divulgou a planilha de custos.
Rose também disse que ainda está mantida a empresa Cataratas como a gestora do espaço quando ele estiver funcionando. Não há informações sobre os valores dos ingressos, já que ele deve ser definido somente antes da abertura.
Com relação aos peixes, a governadora em exercício disse que em 2015, quando a atual gestão assumiu o estado, 11 mil peixes haviam morrido. De lá para cá alguns exemplares até conseguiram se reproduzir em cativeiro, mas ainda assim o poder público deverá ir atrás de parceiros que queiram doar exemplares.
Histórico - Inicialmente orçada em R$ 84 milhões e que teve seu custo final estimado em cerca de R$ 230 milhões.
A obra foi subempreitada em 2014 para ao Proteco - investigada na Operação Lama Asfáltica– e, dois anos depois, reassumida pela Egelte. Depois de novas paralisações, o governo rompeu em 22 de novembro de 2017 o contrato com a empresa, que teve o valor aditado em 25% (limite previsto em licitações). A segunda colocada na licitação, Travassos e Azevedo, recusou assumir o serviço.
O governo anunciou no fim de 2017 ter R$ 37 milhões para concluir o Aquário do Pantanal. A fim de não deixar o projeto inconcluso, o governo estadual adaptou o projeto original a fim de cortar custos –com isso, laboratórios e a biblioteca devem ser realizados em uma etapa futura.