Zeolla é condenado a pagar R$ 76 mil à viúva de sobrinho
O procurador de justiça aposentado Carlos Alberto Zeolla, acusado de matar o sobrinho Cláudio Alexander Joaquim Zeolla, foi condenado a pagar indenização de R$ 76.500 (150 salários mínimos) por danos materiais e morais a Natália Ferreira dos Santos, namorada da vítima.
O juiz da 9ª Vara Cível de Campo Grande, Maurício Petrauski, também determinou o pagamento de pensão no valor de dois terços do rendimento da vítima até que ele completasse 70 anos. Cláudio recebia um salário mínimo e foi morto aos 23 anos.
A pensão alimentícia será descontada da folha de pagamento do procurador. Após o crime, Zeolla foi aposentado com salário de R$ 22 mil.
No processo de indenização, Natália dos Santos apresentou documento, preenchido por Cláudio, em que consta seu nome como beneficiária do seguro de vida, além de fotos e escritura pública de união estável, que foi realizada após o assassinato da vítima.
Para o magistrado, ficou comprovada a convivência duradoura, pública e contínua, adequando-se perfeitamente ao instituto de união estável.
A defesa do procurador alegou a inexistência de união estável e que a relação era um "mero namoro, tanto que a vítima, ao tempo de sua morte, estava se envolvendo com outra pessoa".
Cláudio Zeolla foi morto no dia 3 de março de 2009, na rua Bahia, em Campo Grande, quando seguia para a academia de ginástica. O procurador mandou Etevaldo Luiz Ferreira Machado, à época adolescente, dirigir seu veículo e seguir o sobrinho pela rua.
O procurador desceu, atirou na nunca do rapaz e fugiu.Zeolla alegou que matou o sobrinho porque o rapaz havia agredido o avô (pai do procurador), um dia antes. No entanto, testemunhas relataram que o idoso não foi agredido, apenas teve uma briga com o neto.
Perícia