Ano novo, é necessário um guarda-roupa novo?
Será que você está precisando de roupas novas ou apenas está comprando por impulso?
É cultural que a gente pense em renovar muita coisa no início de um novo ano. Renovar metas, renovar o visual, renovar o guarda-roupa. Ainda mais que em janeiro, quando as liquidações estão fervilhando em todas as lojas. A tentação é grande, inclusive para mim.
No início de um novo ano é, sim, importante planejar novas estratégias, pensar no que deu certo e no que precisa melhorar, inclusive rever hábitos. Mas com relação às roupas, mais importante do que aproveitar as liquidações e fazer novas compras, é analisar o que você já tem. Até para evitar comprar errado e não usar. É aquele famoso exercício de autoconhecimento.
Veja quais peças costuma usar mais e porquê. O que você gosta nelas? É o tecido, a modelagem, ou seria o conforto? Analise também se as suas roupas estão adequadas para as suas atividades diárias, se elas te atendem para o trabalho, momentos de lazer, atividade esportiva, e etc. e se tem quantidade suficiente para o que você precisa. Não adianta ter cinco vestidos de paetê se não costuma sair para a balada com frequência.
Depois de separar tudo o que você gosta de usar e se sente bem, retire do armário as peças que não usa há pelo menos 6 meses. Analise porque motivo não gosta delas, ou não consegue usar. A partir daí você já consegue entender o que te faz gostar e usar uma peça (cor, textura, comprimento, modelo). Pode até fazer um checklist do que é importante para você numa roupa, em um sapato, em um acessório. Para mim, por exemplo, a sandália deve “abraçar” o pé, oferecer sustentação. Depois que entendi isso, parei de comprar sandálias de tiras finas para o meu pé, que é mais largo. Só compro o sapato quando ele cumpre os requisitos da minha lista de exigências.
Dentre as peças que não usa, analise se um pequeno ajuste resolveria o problema, ou se compensaria o custo do conserto na costureira ou sapateiro. Ontem mesmo fui levar uma sandália para arrumar (mudar a cor e lacear a frente) e o conserto sairia mais caro do que o valor que paguei. Desisti.
Por fim, se a peça não tem conserto e você não usa/não se sente bem usando/não te serve/não te traz boas recordações/não é confortável, doe. Ou aproveite para fazer uma renda extra levando-a a um brechó para ser revendida.
Depois que você deixar no seu armário as peças que gosta/usa e se sente bem, analise o que falta e anote: “preciso de um novo jeans escuro, de um blazer cinza, de um sapato marrom...”. Deixe a lista salva no bloco de notas do celular e aproveite as liquidações para comprar o que realmente precisa.
(*) Larissa Almeida é formada em Comunicação Social pela UFMS e pós-graduada em Influência Digital pela PUC-RS. Trabalhou durante 14 anos na área de comunicação e imagem em importantes instituições como Caixa Econômica Federal, Prefeitura de Campo Grande, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Senado Federal, além de ter coordenado a comunicação da Sanesul. Consultora de imagem formada pelo RML Academy e Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Especialista em Dress Code e comportamento profissional por Cláudia Matarazzo e RMJ Treinamento e Desenvolvimento Empresarial.
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