O retorno da etiqueta no mundo real e virtual

As transformações de comportamento em nossa sociedade estão acontecendo cada vez mais rápido, intensificados principalmente pelo retorno à vida normal pós-pandemia e pelas interações globalizadas que vivenciamos, proporcionadas pela internet. Nos deparamos a todo instante com novas maneiras de agir e pensar, e é preciso se preparar para minimizar os atritos nos encontros com o diferente.

Por isso, a busca por manuais de etiqueta, no mundo real e virtual, está em alta.  Tanto livros, quanto canais no Youtube, podcasts, há dezenas de veículos de comunicação debruçados sobre o assunto. Tudo isso porque eles nos ajudam a conviver melhor em sociedade sem tantos ruídos, uma vez que trazem maneiras de agir, diante das mais variadas situações, e que são aceitas pela maioria das pessoas.

A etiqueta trata de regras e normas que estabelecem o comportamento socialmente aceito em diferentes ocasiões, baseando-se no trato de formalidades em momentos cerimoniais ou na convivência comum. Estas regras passaram a ser escritas em manuais, na Europa, a partir do século XVI. Mas foi no reinado de Luís XIV da França, contudo, que proliferaram as "sociedades da corte", e as normas de etiqueta ganharam grande divulgação e importância.

Originalmente destinadas às classes abastadas, as regras de etiqueta passaram a contemplar toda a sociedade com o advento das mídias de comunicação em massa no século XX. No Brasil, o uso e aprendizado da etiqueta ganhou impulso com a vinda da Família Real Portuguesa, em 1808, mas só no final do século XIX é que finalmente foram publicados livros em nosso idioma.

Ouso dizer que a etiqueta está em alta por conta do isolamento social que a pandemia impôs a todos, e retomar o convívio social diário é difícil. Além disso, a internet faz com que a gente conviva com pessoas de diferentes culturas, diferentes hábitos e maneiras de pensar, e por isso os manuais, que nos ensinam a nos comportar nas mais diferentes situações sociais e profissionais são tão úteis. Seguindo regras básicas, que são entendidas como educadas pela maioria das pessoas, nossa comunicação se torna mais assertiva, e sofremos menos com gafes e mal-entendidos.

(*) Larissa Almeida é formada em Comunicação Social pela UFMS e pós-graduada em Influência Digital pela PUC-RS. Trabalhou durante 14 anos na área de comunicação e imagem em importantes instituições como Caixa Econômica Federal, Prefeitura de Campo Grande, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Senado Federal, além de ter coordenado a comunicação da Sanesul. Consultora de imagem formada pelo RML Academy e Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Especialista em Dress Code e comportamento profissional por Cláudia Matarazzo e RMJ Treinamento e Desenvolvimento Empresarial. Siga no Instagram @vistavoce_.