A relação entre os dedos das mãos e a prática de esportes
Examinem os dedos das mãos: quais são os mais longos? Preste atenção no dedo indicador e no anelar (depois do polegar, o segundo e o quarto dedo). A longitude relativa entre esses dois dedos é conhecida como "relação 2D:4D" (ratio 2D:4D). Por exemplo, se teu dedo indicador mede 7,4 cm e o anelar 7,9 cm, tua relação 2D:4D é de 0,9367 (o resultado da divisão do 7,4 pelo 7,9). Os homens geralmente tem o dedo anelar mais longo que o indicador. Nas mulheres, é o contrário. Equivale a dizer que eles tem relação 2D:4D menor que 1. Elas ter essa relação igual ou superior a 1. Estes resultados mudam apenas com a idade. De fato, o balanço entre testosterona e estrogênio determina essa relação já nas primeiras fases dos desenvolvimento do feto. Concretamente, no segundo trimestre da gravidez. O dedo anelar tem um elevado numero de receptores de testosterona. Quanto mais o feto produzir testosterona, mais o dedo anelar crescerá e mais baixa será a relação 2D:4D. Esse conhecimento já é consensual no mundo científico. Mas tem universidades indo além.
Um estudo da Universidade de Liverpool demonstrou que quanto menor for a 2D:4D, maiores são as possibilidades de desenvolver as habilidades relacionadas com o alto rendimento esportivo. Demonstraram a existência dessa relação no futebol. Não só entre jogadores da primeira divisão do futebol inglês para com os da segunda divisão, mas até com os jogadores titulares e os reservas das equipes. Foram ainda mais além. Pesquisaram os surfistas e viram que os melhores tinham uma média de 0,994 para a mão direita e 0,976 para esquerda. Entre os melhores jogadores de voleibol, a média para a mão direita é de 0,9360 e 0,9528 para a esquerda. Os estudos avançaram. Foram estudar a relação 2D:4D nas mulheres. Observaram que as melhores remadoras tinham a 2D:4D mais baixa. Quanto mais baixa a relação, também para elas, mais rapidamente remavam. Esses estudos estão bastante avançados no futebol, basquete, vôlei, remo, atletismo, rugby, surf e tênis.
Os nove pecados capitais. Não, espera, deixemos em sete.
Há um lado cômico da Idade Média tão em moda nos últimos anos. É bem conhecido que Gregorio Magno, Papa do século VI, foi o primeiro a falar de sete pecados capitais: os mundialmente conhecidos gula, avareza, luxúria, vaidade (atualmente orgulho), ira, preguiça e inveja. Pouco antes era também pecado ficar bêbado (ebriedade) e a tristeza. Alguns séculos antes, a lista dos pecados era descomunal: 651 pecados capitais. Era um tormento fazer a conta dos pecados. Tinha sabão? Pecado. Assobiar uma música não religiosa? Pecado. Usar a mão esquerda? Pecado. Ninguém sabe como foi reduzida a lista dos pecados até chegar aos sete que conhecemos. Talvez por falta de inquisidores. Mas voltemos ao assunto da ebriedade e da tristeza. Ou seja, se tua donzela te havia deixado por culpa de um musgo em teus dentes - comum naquela época - você poderia ir duas vezes para o inferno. Pecado duplo. Iria beber para esquecer a malvada e ficar triste. Ou pecado triplo. Bastaria acrescentar ao porre e a tristeza, a ira - que é salvo conduto para esquecer da donzela. Podia abandonar toda a esperança de ingressar nos reinos dos céus. Gregório Magno deveria receber o título de santo.
Rir ou chorar? As mortes mais cômicas da história.
Alguns deixam sua marca pela vida que levaram. Outros, pela forma que se vão. Estas são as mortes mais insólitas e cômicas da história. Um elenco nada edificante.
Viveu como um sábio, morreu como um tolo.
Tycho Brahe faleceu em 1601. Esse dinamarquês foi um dos maiores astrônomos da história, era mestre de Johannes Kepler. Estudou detalhadamente as fases da lua e compilou muitos dados que serviram para seu pupilo descobrir a existência de uma harmonia celestial existente no meio dos planetas.
Brahe, durante um jantar, recusou-se a deixar a mesa. Considerava isso falta de cortesia. Não se sabe se sua bexiga explodiu ou foi seriamente avariada, mas ele morreu onze dias depois. Pediu para escreverem em seu epitáfio: "Viveu como um sábio, morreu como um tolo".
O único humano morto por um "zumbi".
Sigurd Eysteinsson faleceu em 892. Era um viking. Conquistou a Escócia derrotando Máel Briget, um rei celta. O viking resolveu tripudiar do celta e se deu mal. Cortou sua cabeça, prendeu-a na cela e saiu para desfilar com seu cavalo. O crânio de Briget, com o balançar do cavalo, batia de cima para baixo e raspou a perna do viking com os dentes. A ferida infeccionou letalmente. Esse é o episódio mais próximo de uma morte causada por um "zumbi" a acontecer na história.
O advogado que morreu para provar que seu cliente era inocente.
Os advogados fazem de tudo para livrar seus clientes. Clement Vallandigham, em 1871, fez mais que todos. Estava defendendo um cliente acusado de assassinato. Era uma briga de bar em Ohio (EUA). A tese do advogado era de que havia sido um acidente. O revólver da vítima tinha disparado sozinho quando tentou se levantar no meio da confusão. Para provar, o advogado reencenou o momento com um revólver. Que estava carregado. E disparou. O advogado morreu no dia seguinte. Mas ganhou o caso.
Comeu até morrer.
Adolf Frederick era o rei da Suécia em 1771. Após uma suntuosa refeição com lagosta, caviar, chucrute, arenque e champanhe, o rei decidiu arrematar com um tipo de pão doce sueco parecido com nosso sonho de padaria. Comeu 14 desses sonhos. Acompanhados por creme de leite. Morreu na mesma noite de obstrução intestinal ou de intoxicação alimentar. Ninguém ousou fazer a autópsia.