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Em Pauta

Brasil está fora. EUA doará vacinas da Oxford para o México e Canadá

Mário Sérgio Lorenzetto | 18/03/2021 15:33
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
A última batalha pelos holofotes da vacina foi travada entre Lula e Bolsonaro. Ambos perderam. Uma reportagem mostrou que os Estados Unidos tem estocadas 30 milhões de doses da vacina de Oxford em um depósito situado em Ohio. Teria outros milhões de doses em outro depósito não revelado. Imediata, o mundo da política brasileira se mexeu - como macacos em loja de loucas - aos trancos e barrancos. Lula aproveitou uma entrevista para um meio de comunicações norte-americano para pedir ao presidente dos EUA a doação dessas doses. Bolsonaro não se fez de rogado. Apresentou um documento de Biden sugerindo boa convivência com o governo brasileiro como uma possibilidade para ganhar as doses da Astra Zeneca. Mas Biden não tomou conhecimento de Lula e nem de Bolsonaro, está finalizando os acordos de cooperação com Obrador, presidente do México e com Trudeau, primeiro-ministro do Canadá. Para seus vizinhos serão destinadas uma parte das doses estocadas.


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A Agência Europeia de Medicamentos garante a segurança da vacina de Oxford.

Pelo menos 16 países da União Europeia haviam sustado a vacinação com as doses da Oxford. Havia suspeitas de que essa vacina causasse trombos cerebrais, um AVC que ocorre quando um coágulo entope uma artéria do cérebro, levando à morte, ou gerar paralisia, cegueira ou dificuldade na fala. Essa dúvida está desfeita. Nos próximos dias, a vacina de Oxford voltará a ser administrada em toda a União Europeia. Há um cheiro no ar de que os países membros da União Europeia, em função do Brexit, procurará pelo em ovo até de receber em doação pepitas de ouro. "Tudo que for inglês, não presta", ouvi de um italiano.


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Te dou vacina e você fica com os imigrantes.

Biden manteve as fronteiras dos EUA fechadas por Trump em função da pandemia. Trava neste momento um conclave de seus embaixadores em busca de um acordo com Lopez Obrador do México. O trato, ainda que não aceito em público, é dos EUA doarem entre 2 a 3 milhões de doses da vacina de Oxford em troca da permanência de imigrantes da América Central em território mexicano, sem chances de chegar aos EUA. Tal como no Brasil, essa vacina está sendo parcialmente produzida - a conta gotas - em solo mexicano. Até o momento, conseguiram somente 870.000 doses. E seu "grande irmão do Norte", o Canadá, com uma fraca campanha vacinal, receberá 1,5 milhão de doses.


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10.000 soldados protegendo a Amazônia por 10 milhões de doses de vacina.

A imprensa norte-americana não esta noticiando as trocas que os EUA estão fazendo com o Canadá pelas vacinas. Apenas uma pequena nota insinua que se trata de interesses empresariais norte-americanos no país vizinho. Quem conhece a história de Biden, sabe que ele é um exímio negociador, um viciado em fazer negócios que interessem a seu país. Bolsonaro poderia aproveitar o momento "sobram vacinas de Oxford nos EUA" e propor algo como enviar 10.000 soldados para proteger a Amazônia em troca de 10 milhões de doses da vacina. Seria um negócio "ganha-ganha", os dois sairiam muito bem aos olhos de seus compatriotas e o mundo os aplaudiriam. Só os trogloditas incendiários amazonenses ficariam descontentes.
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