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Em Pauta

No giro rápido que a beleza dá... só mesmo muita busca pelo conhecimento

Mário Sérgio Lorenzetto | 04/06/2014 08:15
No giro rápido que a beleza dá... só mesmo muita busca pelo conhecimento

Aprender e apreender beleza, somente na escola

A beleza sempre foi um assunto importante em qualquer época da história. Na era contemporânea não seria diferente, mas hoje há o adicional da tecnologia que faz a beleza um pouco mais fundamental, mais acessível e, lógico, um bom negócio. E de tão bom, que ensinar virou uma maratona. O Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) de Campo Grande criou uma unidade especifica, a Beleza e Moda. De acordo com a gerente, Simone Veiga, o funcionamento é integral. Matutino, vespertino e noturno recheados de cursos de cabeleireiros, fisioterapeutas e massagistas, depilador, costureiro, personal stylist e tantos outros. O objetivo é ter de tudo, sem repetir o público alvo, aponta a gerente.

E público não falta, mas a escolha não é aleatória. Para definir os cursos, são analisados os dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Simone conta que a opinião dos ex-alunos também é considerada. “Analisamos as vagas disponíveis para contratação e o aluno preenche uma avaliação indicando quais cursos gostaria de fazer novamente”.

Agora, a busca para capacitar quem vai ensinar os estudantes é uma aventura. Os gerentes do Senac encaminham os docentes para os grandes eventos de beleza. Se não houver uma oportunidade de capacitação para algum tratamento inovador, a caça é por parcerias com as empresas. Lembram-se da revolução da escova japonesa? “Buscamos a linha de referência a L’Oréal e trouxe o profissional”, revela Simone. Assim, o docente vai, se capacita e vira um multiplicador.

No giro rápido que a beleza dá... só mesmo muita busca pelo conhecimento

Como não faltam tendências, sobram eventos para disseminá-las...

...e é atrás delas que o Senac vai. “Todo ano envia para os eventos de referência, principalmente nas áreas de beleza. A atualização profissional é que diferencia quem tem capacidade de atender ao mercado”. Este está entre os pontos de maior desafio porque tudo em beleza muda muito rápido. Simone cita como exemplo o esmalte, que de simples acessório passou a incorporar importante composição na imagem da mulher. “Há três anos, não era assim”, recorda.

É a “complexificação” da imagem da qual ninguém quer ficar fora. Por isso, há cursos na Capital e em Anastácio, Aquidauana, Bonito, Coxim, São Gabriel do Oeste e Sidrolândia. E no segundo semestre há previsão de incluir Bandeirantes e Sonora. Uma batalha para 50 docentes contratados em um cenário de franca ampliação por motivos bastante óbvios. “É uma das áreas que consegue gerar renda rápida e significativa – 80% dos alunos viram novos empreendedores”, aponta Simone que traça uma característica comum entre os estudantes, a maioria é do sexo feminino e quer ficar próxima aos filhos. A renda é gerada, muitas vezes, antes mesmo de terminar a capacitação em cursos como o cabeleireiro, que custam R$ 4 mil divididos nos dez meses de treinamento.

Não basta abrir uma tesoura e fechar, é preciso competência, talento e preparo. Em cursos como este, por exemplo, são ensinadas técnicas impensadas pelos clientes, como a teoria da cor, gestão de empreendimento, saúde, segurança, higiene, biossegurança, teoria da cor, visagismo. Um conceito tão procurado, que existe processo seletivo para os 700 que estão na espera. E há fila de espera para outras capacitações também, como a de maquiador e todo um planejamento para ensinar depiladores. No ano passado, 1,2 mil pessoas passaram pelo Senac e em 2014, a previsão é de que sejam 1,4 mil. É uma fatia pequena de um mercado que cresce e muito, colocando o Brasil na terceira posição entre os que mais consomem produtos de beleza e higiene.

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Síndrome de Cinderela – a nova moda da cirurgia plástica dos pés

Extremos da vaidade. Extremidade do corpo. Os sapatos, bem como as bolsas, tornaram-se tão importantes na vida das mulheres que muitas delas estão apelando para um acessório definitivo: a cirurgia plástica. A nova obsessão é transformar os pés para acompanhar o belo e majestoso sapato. Inverteu o raciocínio. Pés gordos ficam magros, pés magros são “enchidos”, dedos compridos ficam curtos. Vale tudo.

Um podólogo de Nova York, Oliver Zong, defende a cirurgia – “Acho que o motivo é o mesmo que leva as pessoas a fazerem qualquer tipo de cirurgia estética. Elas estão muito envergonhadas com a situação, mas, depois de feita a cirurgia, recuperam a autoestima e se sentem mais confiantes. Algumas me disseram que tinham tanta vergonha que não deixavam seus namorados verem seus pés”. Ele diz que a cirurgia tem uma média de preço de US$ 2.500 (cerca de R$ 5.570) e não é muito complicada. “Os pacientes não sentem nada, a não ser a exaltação no fim”.

Mas a Síndrome de Cinderela pode custar mais caro que os R$ 5.570 afirmam outros profissionais – “Estará passando por sérios riscos: da anestesia, de infecção, de deformidade do pé se a cirurgia for incorreta e risco de reincidência”, alerta Hillary Brenner, membro da associação americana de podologia. São os mesmos riscos de qualquer outra cirurgia plástica. Serão suficientes para obstaculizar a nova onda?

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A incrível polícia da menstruação e os cuidados com os órfãos

Em uma iniciativa mal orientada para aumentar a produtividade econômica, o ditador Nicolae Ceausescu decretou em 1966, que a Romênia desenvolveria o seu “capital humano” por meio de um ato governamental para aumentar a população do país.

Proibiram pílulas anticoncepcionais, aborto e passaram a aplicar um “imposto sobre o celibato” em famílias com menos de cinco filhos. Queriam construir uma “fábrica de filhos”. Fizeram mais. Médicos contratados pelo governo – apelidados de “policiais da menstruação” – faziam exames ginecológicos em todos os locais de trabalho em mulheres em idade fértil para ver se estavam produzindo descendência em conformidade com os ditames da lei. Tinham de procriar na marra.

Claro que a natalidade disparou, mas como as famílias eram pobres para manter tantos filhos, levaram essa multidão de crianças para enormes instituições governamentais - orfanatos estatais. Em 1989, esse experimento social levou mais de 170 mil crianças a viver nesses locais.

Em 1989 Ceausescu foi deposto. Nos dez anos seguintes, os governantes fizeram várias tentativas hesitantes de reparar o problema. O “problema dos órfãos” da era Ceausescu era enorme e permaneceu por muitos anos. A Romênia continuou pobre e o índice de abandono de crianças não se alterou sensivelmente até 2005. A grande questão debatida era se o governo cuidava melhor essas crianças ou famílias que as adotassem.

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Orfanato ou adoção?

Há muito, cientistas sociais suspeitam que o início de vida em um orfanato pode levar a consequências negativas. Vários estudos, pequenos e descritivos, sem grupos de controle, foram conduzidos nas décadas de 40 a 60 no Ocidente, comparando crianças de orfanato com as acolhidas pelas famílias e mostraram que a vida em uma instituição não chegou nem perto de igualar o cuidado de um pai ou mãe – mesmo que não fossem a mãe ou pai naturais.

Pobreza, doenças, guerras e, às vezes, políticas governamentais levaram pelo menos 8 milhões de crianças em todo o mundo a instalações controladas pelo governo. Muitas vezes essas crianças vivem em ambientes altamente estruturados e bem organizados, mas irremediavelmente sombrios, onde é normal um adulto supervisionar 12 a 15 crianças.

Com a multidão de crianças romenas foi realizado o mais amplo estudo conhecido para discernir entre a dubiedade de então – orfanato ou adoção?

A diferença entre uma vida precoce passada em uma instituição em comparação com o acolhimento familiar foi dramática. Aos 30, 40 e 52 meses, o QI médio do grupo do orfanato apresentou pontuação entre 70 e 75 enquanto crianças adotadas mostraram cerca de 80 a 85. Dez pontos a mais. Também descobriram um período crítico para uma criança alcançar ganho máximo em QI: uma criança acolhida em um lar por volta de 2 anos de idade teve um QI significativamente maior que outra criança que passou a viver com uma família após essa idade.

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Expectativa para o setor produtivo

O Senado aprovou ontem a instalação de relógios de tarifação dupla de energia sem custos para produtor. A proposta, da senadora Kátia Abreu, ainda segue para a Câmara dos Deputados, mas não faltam comemorações após a decisão vinda do lado azul do Congresso. Kátia Abreu, que é a presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura) apresentou substitutivo ao Projeto de Decreto Legislativo (PDS) 787/2009, que obriga as concessionárias de distribuição de energia elétrica a instalar, sem custos aos produtores rurais, relógios de dupla tarifação de energia nas propriedades.

Com a medida, a vantagem será para as atividades de irrigação e aquicultura, que já contam com descontos especiais nas tarifas de energia. Ainda assim, os produtores arcam com os custos dos aparelhos. A instalação dos relógios é condição essencial para que os produtores tenham tarifas diferenciadas. Os aparelhos de dupla tarifação têm por objetivo medir o consumo de energia elétrica em diferentes horários do dia. No caso da irrigação e da aquicultura, o período contabilizado para os descontos especiais nas tarifas vai das 21h30 às 6h.

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