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Em Pauta

Ruins da bola e teses mais improváveis

Mário Sérgio Lorenzetto | 11/12/2019 06:23
Ruins da bola e teses mais improváveis

Chama a atenção uma pesquisa feita na França pela revista "Sciense et vie". Revela que para 33% dos franceses o Sol gira em torno da Terra. A França representa a vanguarda nesse tipo de assunto. É lá que florescem as ideias de autores mais ou menos loucos que sustentam as teses mais improváveis. Aqueles que tratam sobre o movimento da Terra e sobre a sua esfericidade.

Ruins da bola e teses mais improváveis

A Terra é plana e a Córsega fica no seu centro.

O fato de que a descoberta de Copernico ainda fosse negada no final do século XVII - nos anos 1.600 - não é de causar tanto espanto. Mas a massa de estudos publicados entre os séculos XIX e XX é impressionante. Havia um abade, de nome Matalène, que em 1842, afirmava que o Sol tinha um diâmetro de apenas 32 centímetros. Ideia, aliás, já sustentada por Epicuro, 22 séculos antes do abade. Mas também havia Victor Marcucci, para quem a Terra era plana e tinha a Córsega no seu centro.

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O Sol é bem menor que a Terra.

Quanto ao século XIX, ainda passa. Mas é de 1907 uma publicação feita por Lèon Max, garantindo que o Sol é bem menor que a Terra, embora maior que a Lua. Há outro livro, assinado por um tal Raioviotch, que afirma o mesmo despropósito. De 1935 é a obra de Gustave Plaisant duvidando que a Terra gira. E é de 1965 um livro de Maurice Olivier tratando sobre a imobilidade da Terra.

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A Terra é um disco com o Polo Norte no centro.

De fora da França, saiu a obra de Samuel Birley Rowbotham, que garante que a Terra é um disco com o Polo Norte no centro. Na mesma obra há a afirmação que a Terra está distante tão somente 650 quilômetros do Sol. Um pulinho, daqui a Presidente Prudente. A obra de Rowbotham era, em 1849, um opúsculo com o título "Zetetic Astronomy: Earth is not a Globe" (Astronomia Zetética: a Terra não é um Globo). Mas no prazo de trinta anos, esse livreto, passou para uma versão com 430 páginas e deu origem a uma Universal Zetetic Society, que sobreviveu até a Primeira Guerra Mundial.
Em 1965, um membro da Royal Astronomical Society, Samuel Shenton, fundou a Flat Earth Society, mantendo viva a ideia da Terra plana defendida pela Universal Zetetic Society. O cérebro deles também deve ser plano. Ruins da bola.

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