Super heróis agem como antídoto de medos infantis
Batman, Super Homem, Mulher Maravilha, Homem Aranha... Quem não se sentiu identificado na infância com algum super herói ou heroína que salvava o mundo dos maus sujeitos? Esses personagens podem ir mais além da tela ou das revistas, através da imaginação infantil, influenciando em seu comportamento. Os super heróis podem ser grandes aliados dos pais para educar seus filhos de forma divertida em valores como a bondade ou o sentido da amizade. Mas, além disso, eles permitem desenvolver a imaginação já que propõem outros mundos com características fantásticas que vão mais além da realidade que as crianças conhecem, como voar, ter super força, lançar teias de aranha, ajudando a criança no desenvolvimento das fantasias. Mas também a criar histórias junto com outras crianças, auxiliando a socialização, um dos passos mais importantes a serem conquistados pelos pequenos.
Mas há um limite. Convêm que as crianças entendam que se trata de pura ficção e existem aspectos que não são reais. Não devem imitar a seus heróis quando existir algum risco. É o caso de lançar-se de grande altura simplesmente porque Super Homem também voa.
Batman, o herói da escuridão.
Os heróis e heroínas ajudam os pais não só em valores, são potentes aliados para que as crianças enfrentem situações difíceis que requeiram força ou valentia. Pergunte a uma criança o que faria seu super herói para enfrentar algum problema que ela esteja passando. Pode ajudá-la a pensar em soluções.
É o caso de Batman. O que ele faria se tivesse de dormir no escuro? Talvez, devido a suas características assemelhadas aos morcegos, seria capaz de adaptar-se à escuridão. Inclusive, sentir-se cômodo nela porque lhe permite não ser descoberto. Assim, através da imaginação e do jogo, acrescentando uma pitada de criatividade, podemos ajudar as crianças a vencer temores e a ser mais conscientes da necessidade de atuar com bondade e ajudar os demais.
Os super heróis e os mitos da Antiguidade.
Os super heróis também atuam como catalizadores das emoções e da moralidade das crianças porque cumprem a função de representar arquétipos humanos ao estilo dos mitos antigos. Mostram modos de resolver situações difíceis, defendem valores sociais ou individuais, lutam por um mundo melhor. São nossas projeções. Encarnam a batalha entre o bem e o mal. Na realidade, falam de nossos sonhos infantis, essas fantasias de onipotência que temos na infância e que com o amadurecimento abandonamos forçosamente para adaptarmo-nos à realidade e seus limites.