Técnica usada em MS promete aumentar produtividade e acabar com escassez do mel
Produtores de mel sul-mato-grossenses trabalham para virar referência nacional
Talvez poucos pensem nisso, mas mel também tem safra, tem concorrência e pode ser um negócio rentável. Aliás, bastante rentável, como explica o presidente da Feams (Federação dos Apicultores e Meliponicultores de Mato Grosso do Sul), Gustavo Nadeu Bijus. Usando de trocadilho, o negócio nunca esteve tão doce para os produtores sul-mato-grossenses. “Queremos ser referência aqui e, depois, levar para fora”, explica. O que deve ser levado para fora após despontar a produção no Estado é uma forma de manejo com abelhas africanizadas embasada em técnica argentina. Os vizinhos, afirma Bijus, estão entre os melhores apicultores do continente.
O objetivo é elevar a produtividade das colmeias, dos atuais 60 quilos de mel para até 90 quilos no fim do ano. Todo o trabalho terá auxílio da federação que conta, ainda, com apoio do governo do Estado por meio da entrega de equipamentos. “Para apicultor não falta dinheiro e nem profissionalização. O que falta, às vezes, é visão de empreendedor, mas isso está mudando. Estamos fazendo uma revolução silenciosa”, adiantou.
Apicultura sustenta famílias em assentamentos de quatro cidades
Mesmo com produção muito abaixo dos centros produtores de mel, experiências em que a apicultura é a atividade principal de empresários e maior fonte de renda não faltam em assentamentos de Terenos, Corumbá, Guia Lopes da Laguna e Três Lagoas. “E a mão de obra é familiar. Somente duas pessoas tocam o negócio”, conta Bijus. Em princípio, também é menor o recurso para o ponta pé inicial, em que o investimento não passa de R$ 12 mil para a instalação de até 30 colméias. O retorno chega em dois anos.
Comparado com outros Estados, o que não falta é espaço para crescer. Enquanto temos em Mato Grosso do Sul 700 apicultores cadastrados, Santa Catarina, para comparar, conta com 30 mil. Nossa produção oscila entre 430 a 650 toneladas anuais, quando os catarinenses chegam a 6 mil toneladas. Outro fator que demonstra que podemos produzir mais está no consumo, que chega a 120 gramas para cada brasileiro ao ano. Os alemães e suíços consomem até 1,5 mil pro ano cada um.
O produto, para o consumidor, não tem enfrentado grandes oscilações de preço, garante Bijus, que admite uma pequena alta devido às condições climáticas dos principais estados produtores. Já são dois anos sem colheita no Nordeste. Em consequência da seca, os apiários do Piauí, Bahia e Ceará não produziram. O mesmo aconteceu em Minas, no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, mas devido ao excesso de chuvas.
Com entressafra, mel some do mercado e comerciantes ficam “assustados”
Como o pico da produção começa em junho e julho, a primeira colheita ocorre somente em agosto. Ou seja, estamos no pico da entressafra do mel. “O preço subiu um pouco, mas não ficou acima da inflação. Agora, o que faz subir mesmo é o frete”, pondera o representante da entidade. Para o apicultor, o quilo do mel é vendido de R$ 8 a R$ 10, mas a granel com distribuição em baldes ou tambores. Se fracionar, o preço sobe para R$ 18 e pode ser encontrado por até R$ 26.
A variação pesa para quem tem o mel como insumo principal dos produtos, explica o empresário Azevedo Júnior que produz, entre outros doces, pão de mel. Para ele, o preço do mel variou 44% para cima, custo que não pode ser repassado ao consumidor. “Estamos com o mesmo preço há dois anos. O mel está sumindo do mercado. É assustador”. De fato, com a falta do mel, os comerciantes que dependem do produto precisam buscar outros estados. Júnior aponta que, além do setor culinário, os esteticistas também sentem a escassez, considerando que o mel é usado como base em vários procedimentos, principalmente na depilação.
O outlet da Casa China no Paraguai
O Planet Outlet provavelmente será inaugurado no dia 20 de maio. A dúvida é referente às chuvas que poderão atrasar os últimos detalhes da construção. Estarão à venda mais de 80 mil produtos oriundos da China. Roupas femininas, masculinas, linhas infantis, sapatos, tênis estarão ao lado de eletrônicos, cosméticos, perfumes e comestíveis.
A má notícia para as mulheres será a inexistência de lojas com roupas de marcas de luxo. Prada, Salvatore Ferragamo e suas concorrentes não estarão presentes. O diferencial estará no preço. Estimam uma diferença média, a menor, de 70% em relação aos produtos vendidos no comércio normal.
Contará com uma praça de alimentação com a presença de 12 locais. Mac Donalds e Pizza Hut à frente. A facilidade estará no estacionamento com 1.200 vagas gratuitas. Mas é um estacionamento bem menor que o da Casa China que conta com 3.500 vagas. Mas como está sendo construído a apenas 300 metros de distância do pavilhão da Casa China, em verdade serão complementares.
A guerra pela atenção do consumidor virtual
Se o brasileiro tem ido às compras, certamente incluiu as lojas virtuais em seu roteiro, demonstrando ter cada vez mais confiança na internet. Nos cálculo do “e-bit”, empresa que consolida informações e dados do comércio virtual nacional, o setor faturou no ano passado R$ 28 bilhões, um crescimento de 25% em relação a 2012. Outro dado vem da consultora italiana Translated que divulgou uma pesquisa sobre a projeção do e-commerce no mundo. Intitulado de “T Index”, o estudo apontou que o mercado brasileiro on-line será o quarto maior do mundo em 2016, ultrapassando França, Inglaterra e Alemanha, só perdendo para os EUA, China e Japão.
Segundo o último relatório do e-bit, o que mais influencia para a escolha da loja é a confiança e o preço, com 16%, seguidos de perto pelo frete grátis – 14% - e pelo prazo de entrega – 13%. Com a demanda em ascensão, cresce também o número de empreendedores digitais, promovendo uma verdadeira guerra pela atenção do consumidor virtual. Aumentar o volume de vendas ou iniciar o empreendimento nesse imenso universo é tarefa que envolve diversas variáveis e vão desde a concepção de um bom website a um pós-venda adequado, bem como investimentos em publicidade on e off-line. Cada um desses itens tem vários desdobramentos, o que torna o comércio eletrônico um negócio mais complexo do que pode parecer à primeira vista.