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Em Pauta

Um rabino, de nome Jesus, era um cidadão romano?

Mário Sérgio Lorenzetto | 11/04/2020 08:59
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

A história da cidadania romana é revolucionária. Pouco mais de 4.000 homens, filhos de pais soldados romanos com mulheres espanholas, solicitam a Roma a cidadania. O governo de Roma, como quase todos, resolveu construir um pacto inovador. Criaram algo impensável. Pessoas que não viviam na Itália, não falavam latim, não seguiam suas normas e, mais importante, não aderiam a seus deuses e religiões passavam a ganhar o título de cidadão romano. Uma ideia admirável. Parece pouco? É como você ter a cidadania norte-americana sem estar de acordo com suas inúmeras exigências.


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Tinha vantagem ser romano?

Concretamente, além do status, quais as vantagens de ser um cidadão romano? Podia firmar contratos com comerciantes de Roma, com todas as vantagens presumíveis para um império que dominava a Europa e o Oriente. Também podia contrair matrimônio com algum romano ou romana. Mas há algo pouco conhecido: um romano não podia ser crucificado. E esta é uma questão fundamental.


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Jesus não era romano?

Afinal, Jesus vivia em uma fronteira do império romano. A Judeia ainda não era uma província oficial. Mas era um território dominado pelos romanos. Os judeus, naquele momento, estavam voltados para lutar uns contra os outros, não ofereciam perigo algum para o domínio romano. Muitos deles tinham a cidadania romana. Jesus não reivindicou essa cidadania? Bastava um pedido. Não seria crucificado. Há outra questão importante, provavelmente Jesus foi acusado de algo praticamente inexistente no império romano: desobediência civil. É um mistério. Ninguém explica Jesus não solicitar a cidadania e ser acusado de um crime praticamente inaplicável.


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A aversão romana ao monoteísmo.

Assim como Roma recebia gente de todas as partes de seu imenso território, também recebia novos deuses. Um desses deuses estrangeiro, com muitos adeptos conquistados, saiu do Irã, era Mitra, uma deusa cujo símbolo é uma mulher matando um touro. Durante bom tempo, essa religião concorreu com o cristianismo, para logo ser cooptada. Os problemas dos romanos com os cristãos só surgiriam muito tempo depois da morte de Cristo. Os romanos não admitiam o monoteísmo praticado pelos cristãos. Mas na época em que Jesus foi crucificado, os romanos pensavam que ele era apenas mais um rabino agitador. Não lhes oferecia perigo algum. Como sacrificaram um homem que podia solicitar a cidadania, acusado de um crime praticamente inexistente e que não lhes fazia oposição? Só resta o ódio dos governantes judeus para dar uma mínima explicação. Tal como a ressurreição, a crucificação é um mistério. E vale lembrar, a cruz tinha o formato de um "X" e não de um "T".

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