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Há quase 30 anos, pioneirismo da Polícia Científica do estado de MS é feminino

A Perita Criminal Josemirtes da Silva é uma das desbravadoras das análises laboratoriais forenses no estado

Post Patrocinado | 08/03/2023 08:30
Josemirtes Socorro Fonseca Prado da Silva, uma das pioneiras da Polícia Científica de Mato Grosso do Sul.
Josemirtes Socorro Fonseca Prado da Silva, uma das pioneiras da Polícia Científica de Mato Grosso do Sul.

Paixão! Essa é a explicação para que Josemirtes Socorro Fonseca Prado da Silva, uma das pioneiras da Polícia Científica de Mato Grosso do Sul, esteja há quase 30 anos atuando como perita criminal, mesmo já tendo tempo de serviço para se aposentar.

Formada em biologia pela então Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (FUCMT) e com diversas especializações na área, a Diretora do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF), setor da Coordenadoria-Geral de Perícias (CGP) responsável pela execução das Perícias Criminais das áreas de biologia, bioquímica, física, química e toxicologia, tem os olhos que brilham quando fala de toda a saga que foi para  que o estado tivesse um dos cinco primeiros laboratórios de DNA forenses do Brasil  e se tornasse uma referência em análise de substância como cocaína e maconha, entre outras drogas ilícitas.

Ela faz questão de lembrar de outra pioneira da Perícia Oficial em Mato Grosso do Sul, a Dra. Ceres Ione de Oliveira Maksoud (falecida em julho de 2019), que foi a primeira mulher a ocupar o cargo de Coordenadora Geral de Perícia no estado. Juntas, formaram uma dupla de peso na estruturação do IALF. “Eu já atuava na perícia criminal desde 1994 quando, em 1997 eu recebi o convite da Dra. Ceres para criarmos um núcleo de análise de DNA, pois havia uma série de estupros acontecendo em Campo Grande e suspeitávamos que fosse o mesmo elemento pois os crimes aconteciam sempre numa mesma região de Campo Grande”, relembra.

Assim, com essa demanda urgente, ambas correram atrás de fazer cursos e de buscar recursos para poderem criar o primeiro laboratório forense do estado. “Fizemos a minuta do Projeto e graças a ajuda da SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública), o Governo do Estado conseguiu montar o laboratório que contava, na época, com seis peritos criminais (já incluindo nós duas)   e dois Auxíliares da Polícia Científica (APCs), divididos em dois núcleos: o de análise química e toxicológica e o de DNA, para atender todo o estado”, explica.

Josemirtes Socorro Fonseca Prado da Silva atua há quase 30 anos como perita criminal.
Josemirtes Socorro Fonseca Prado da Silva atua há quase 30 anos como perita criminal.

Hoje, o IALF conta com cerca de 15 peritos oficiais, todos formados nas áreas de Biologia, Farmácia, Farmácia-Bioquímica e Química, altamente qualificados, muitos com mestrado e doutorado em seus currículos. Josemirtes enfatiza a importância dessa qualificação contínua e constantes na área para que os vestígios coletados em locais de crime, produzam provas robustas que levem à condenação dos malfeitores e tragam justiça e paz às famílias. “Temos que estar sempre a um passo à frente do crime e dos criminosos, principalmente por estarmos em um estado conhecido por ser um corredor de drogas e pelo aumento considerável dos crimes sexuais e de toda a sorte.  Por isso a importância de profissionais graduados em áreas específicas do conhecimento ”, lembra a Diretora do IALF.

Ela ressalta uma parceria muito importante com a Universidade Federal (UFMS) na qual os pesquisadores do mestrado validaram toda a metodologia do instituto utilizados nos exames de cocaína e maconha.

Além do reforço em recursos humanos que chegaram com a nova turma de peritos criminais e médicos legistas no último concurso da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), ela fala dos investimentos e de tecnologias de última geração que auxiliam os peritos no estado, como o software CODIS, uma ferramenta eficiente para resolver crimes ocorridos em todo território Nacional, o mesmo utilizado pelo FBI, contribuindo para a redução da impunidade e evitando condenações equivocadas.

Sempre com muito entusiasmo ao falar do seu trabalho, Josemirtes aguarda, ansiosa, o tão prometido laboratório do novo IALF que deve ser entregue este ano. “Depois de tanta luta, quero ter o prazer de trabalhar ainda nessas novas instalações, nem que seja por uns meses. Só depois, vou me aposentar”.

*O Sindicato dos Peritos Oficiais Forenses do MS (SINPOF/MS) por meio da história de uma das protagonistas da Polícia Científica do MS, Josemirtes Socorro Fonseca Prado da Silva – Diretora do IALF  - homenageia neste 8 de março, todas as mulheres, em especial as Peritas Oficiais Forenses pelo Dia Internacional da Mulher.

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