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Direto das Ruas

Eletrocutada, arara deixou companheira e saudades em bairro

Paula Maciulevicius Brasil e Idaicy Solano | 29/06/2021 12:31


A Rua Erasmo Nunes da Cunha, no Bairro Mata do Jacinto, não é mais a mesma desde que um incidente matou uma das araras que alegrava a vizinhança. A arara morreu no último domingo (27), depois de levar um choque no transformador. A cena descrita por José Avelar, é de cortar o coração. A companheira tentou soltá-la e tirá-la dali, mas não conseguiu.

Arara ao lado da companheira que ficou presa em transformador; ave já estava morta no momento do registro. (Foto: Direto das Ruas)
Arara ao lado da companheira que ficou presa em transformador; ave já estava morta no momento do registro. (Foto: Direto das Ruas)

Taxista, de 58 anos, seu José e a esposa Lúcia são apaixonados pelas aves. Ele já havia pedido a um vizinho que fizesse um ninho na Palmeira que fica na calçada, logo em frente à casa deles, assim que elas começaram a sobrevoar a região.

Foto da primeira visita delas em Palmeira da rua, no dia 26 de fevereiro deste ano. (Foto: Direto das Ruas)
Foto da primeira visita delas em Palmeira da rua, no dia 26 de fevereiro deste ano. (Foto: Direto das Ruas)

A primeira visita delas tem até registro, dia 26 de fevereiro. "Elas já se apossara e ficaram lá", conta. Do quintal de casa eles admiravam as aves e até os gatos da casa também miavam para as visitantes que se tornaram residentes.

"Minha esposa ficava o tempo todo em casa e interagia com elas, acompanhando a hora que elas chegavam, que iam embora", descreve o taxista.

O acontecimento de domingo foi por volta das 11h da manhã,  quando uma das araras ficou presa ao transformador. José Avelar diz que chamou a Energisa e também a Polícia Militar Ambiental.

"A arara não tinha anel de identificação, foi retirada pela Energisa e levada pela PMA", conta. Nas fotos, o taxista narra que a sobrevivente ficou pertinho da arara mora e esboçou "uma tristeza profunda". Na família dele, o que não falaram também foram lágrimas.

"Não era só a minha relação, mas de todos, era de muito carinho. Virou uma coisa rotineira, de chegar e ver araras, conversar. As pessoas paravam na rua de carro para tirar foto, achavam lindas", descreve.

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As duas juntas em Palmeira era símbolo de alegria para a vizinhança. (Foto: Direto das Ruas)
As duas juntas em Palmeira era símbolo de alegria para a vizinhança. (Foto: Direto das Ruas)
As duas juntas em Palmeira era símbolo de alegria para a vizinhança. (Foto: Direto das Ruas)
As duas juntas em Palmeira era símbolo de alegria para a vizinhança. (Foto: Direto das Ruas)


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