Hipertensa, mãe "segura" parto para ir a mutirão da fila por vaga em escola

Com hipertensão e indicação de internação para cesárea, a gestante Elizabeth Alves da Silva e Silva, 32 anos, teve matrícula do filho de 11 anos negada na rede municipal por falta de fotocópia de documentos e, agora, tenta “segurar” o parto para conseguir ir ao mutirão da Defensoria Pública, que será realizado no sábado (dia 28).

A iniciativa é destinada a atender fila de outros 220 pais que tentam vaga em Emei (Escola Municipal de Educação Infantil).

“Estou com 36 semanas, pressão muito alta, não consigo mais andar, mas vou tentar esperar até sábado para buscar a vaga para o meu menino” diz.

Ela relata que adiou a internação para efetivar a matrícula de Paulo Henrique, 11 anos, na manhã desta quarta-feira (dia 25). Por e-mail, a mãe foi comunicada da designação da vaga para a Escola Arlene Marques Almeida, no Jardim Canguru.

“Não tinha lugar de xerox aberto, mas fui mesmo assim. Na escola, a mulher disse que não poderiam tirar xerox, eu disse que poderia pagar. Tentei segurar a vaga e  o meu esposo levar depois. Mas ela disse que só familiar poderia levar”, conta. O esposo é pai dos filhos mais novos de Elizabeth.

A família já havia se organizado para que o esposo fosse, em nome da filha de 3 anos, no mutirão da Defensoria. Conforme mostrado em matéria do Campo Grande News, a vaga na educação infantil é solicitada desde quando a menina tinha seis meses.

Neste caso, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) informou que a criança está em 6º lugar na primeira opção e em 2º lugar para a segunda opção de Emei.

A reportagem questionou a secretaria sobre a perda da vaga do estudante de 11 anos e que medidas a mãe pode adotar, mas não recebeu resposta até a publicação da matéria.

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