Leitor filma lixo em área nobre da Capital: "São muitos descontentamentos"
Segundo relato, há uma nascente próxima ao local e moradores costumam colocar fogo para “se livrar” do lixo
Morador reclama de rua que virou deposito de entulho em área nobre da cidade. As imagens foram registradas na Rua Antônio Francisco Lisboa, no Bairro Vilas Boas, em Campo Grande. Segundo relato, há uma nascente de rio próxima ao local e moradores costumam colocar fogo para “se livrar” do lixo.
Sandro Medice de Oliveira, de 53 anos, mora na região há cerca de um ano e relata que até as árvores do local estão comprometidas pelas ações de descarte ilegal de lixo. “Para livrar do entulho colocam fogo quase que diariamente. No entorno, as árvores estão com suas bases queimadas, sempre ocorre queda”, relata. Ele explica que as queimadas são para que possa ser depositado mais lixo.
A rua é uma das rotas de trabalho do morador, que já teve despesas com pneus furados por metais ao passar com o veículo pelo local. Sobre as árvores caídas, ele conta que ficou sem energia por alguns dias após uma delas cair e atingir as instalações elétricas. “São muitos os descontentamentos dos moradores locais”, desabafa.
O técnico em manutenção conta que, às vezes, fica impossível transitar pela via por causa da grande quantidade de resíduos descartados. “É comum encontrar sofás, colchões, restos de construção, sacos de lixo”, expressa.
Sobre os maiores problemas na região, o morador cita: “árvores caindo, nascente do riacho [comprometida pelo lixo], pragas e insetos, problemas com a visibilidade do ambiente”.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura da Capital e aguarda uma resposta.
Conforme orientação da prefeitura, ao presenciar o descarte irregular de resíduos em terrenos baldios, ruas ou córregos, a pessoa deve denunciar para a Patrulha Ambiental da Guarda Civil Metropolitana, através do número 153. Em caso de ausência de limpeza e conservação de terrenos baldios, as denúncias podem ser feitas para a Semadur (Secretaria de Meio Ambiente e Gestão Urbana), através do número 156. Quem for flagrado pode pagar multas de R$ 1 mil a R$ 8,6 mil.
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