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Economia

6 meses foi pouco tempo para repassar ICMS menor a preços, alegam postos

Apesar disso, postos de combustíveis teriam registrado alta de 40% sobre o consumo

Liniker Ribeiro | 23/05/2018 16:10
Bombas de combustível em posto da Capital (Foto: Arquivo)
Bombas de combustível em posto da Capital (Foto: Arquivo)

Os seis meses de duração da redução da alíquota do ICMS sobre o diesel, no segundo semestre de 2015, não foram suficientes para medir o impacto esperado pelo Governo do Estado para o setor, por conta do incentivo que reduziu o imposto de 17% para 12%. A alegação é do Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul).

Em nota, enviada por meio da assessoria de imprensa, o gerente executivo, Edson Lazarotto, afirma que o prazo acabou justamente "quando as grandes transportadoras começaram a criar raízes comerciais nos postos do Estado". Apesar disso, os empresários teriam conseguido alcançar o aumento esperado, de 40% sobre o volume comercializado no período.

"O que ocorreu em 2015 foi um erro de cálculo de tempo, pois jamais se mede uma mudança que nunca houve no Estado, em apenas 06 meses", afirma. Na época, o próprio governador Reinaldo Azambuja (PSDB) declarou que a intenção do governo era que a redução da alíquota provocasse aumento no consumo, o que compensaria a diferença com maior volume nas vendas, mas estudos indicavam o não aumento esperado.

O Sinpetro rebateu a afirmação do Governo de que os preços não foram repassados nas bombas. "Somente com o incremento que houve de 40 % no volume, comprova que tínhamos preços competitivos e, mesmo com as diferenças de pauta e frete, conseguimos trazer grandes empresas para nossas rodovias, trazendo movimentos em diversos setores", explica Lazarotto.

Nova redução - Para o Sinpetro, caso o governo volte a reduzir o imposto sobre o diesel, "os postos voltariam a brigar de igual para igual com os Estados como Paraná e São Paulo". As chances do consumo aumentar, principalmente nas rodovias de MS, também existem.

"Temos que entender que nosso Estado disputa com Estados que tem refinarias (Paulinia/SP e Araucaria/PR) e, portanto, não há incidência de frete. Além disso, temos que buscar esse combustível nessas bases com distância de 1.100 km, o que gera um custo de frete em torno de 0,15 centavos por litro, o que nos atinge ainda mais no custo final", explica o gerente executivo do Sinpetro.

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