Apesar de uso de fungicida, lavoura de soja tem 1º foco de ferrugem asiática
Apesar de duas aplicações de fungicida específico, uma lavoura de soja em Chapadão do Sul registrou o primeiro foco de ferrugem asiática da safra 2015/16, em Mato Grosso do Sul. A umidade e a temperatura das últimas semanas favorecem o aparecimento da doença causada por um fungo, que pode gerar grandes perdas na produtividade. O foco foi confirmado pelo laboratório de diagnose da Fundação Chapadão.
A folha com ferrugem foi enviada ao laboratório por um consultor da revenda Agromano. A amostra é de lavoura que está no estágio R 5.4, ou seja, na fase final de enchimento de grãos.
Vários focos já foram registrados em Rio Verde (GO), Carpo Verde e Primavera do Leste (MT). Segundo a Fundação, havia chances de incidência da doença também pelo fato de os ventos estarem soprando da região dos focos para os municípios de MS.
Segundo o diretor e pesquisador da Fundação Edson Borges, nos talhões em que a soja estiver na fase de R1, de início da floração, devem ser feitas as aplicações de fungicida e nas áreas que a soja estiver na fase vegetativa há necessidade de intensificar o monitoramento para tomada de decisão quanto a necessidade de aplicação e qual produto a ser aplicado.
O pesquisador orienta os produtores para fazer também o manejo antiresistência com ações que foram definidas pelo Consórcio Antiferrugem. Os sojicultores devem usar sempre misturas comerciais formadas por dois ou mais fungicidas com modo de ação distintos; não utilizar mais que duas aplicações do mesmo produto em sequência e utilizar no máximo duas aplicações dos produtos contendo SDHI (Moléculas Inibidoras da Succinato Desidrogenase) por cultivo; fazer uso de produtos protetores em associação e evitar aplicações em alta pressão de doença e de forma curativa.