Campo Grande registra menor número de endividados desde agosto de 2022
Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor indica que 59,9% das famílias têm dívidas
PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) indica que o número de famílias endividadas em Campo Grande era de 59,9%, no mês de janeiro, o menor desde agosto do ano passado, quando ficou em 59,7%.
O levantamento considera como endividados os grupos familiares com dívidas em cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros, entre outros.
A inadimplência é o não pagamento - em janeiro, o índice de famílias com contas em atraso ficou em 29,6%, pequena redução em relação a dezembro, quando fechou em 29,8%.
Por outro lado, aumentou o percentual daquelas que informaram que não terão condições de pagar, de 12,9% a 13,8%. Quanto aos meios de endividamento, o cartão de crédito responde por 68,2%, os carnês 21,6% e o crédito pessoal 11,5%.
Na avaliação da economista do IPF-MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento), Regiane Dedé de Oliveira, a redução do endividamento também reflete o aumento do custo do crédito e o comportamento dos consumidores.
"De um modo geral, o que podemos perceber é que o consumidor está mais contido com as finanças. Além do índice de famílias com dívidas ter diminuído, o índice de famílias com contas atrasadas caiu significativamente, considerando que eram 32,5% em janeiro de 2022."
Já sobre o nível de endividamento, a prevalência de "muito endividados" é substancialmente maior entre as famílias de menor renda. Até 10 salários mínimos, correspondem a 22%, enquanto acima dessa faixa de renda caem a 14,3%. Também está na menor faixa de renda a maioria com contas em atraso, 53,2% deste público endividado, passando a 30% para as camadas com maior renda.