Criação de conselho empresarial está entre os temas da Rota Bioceânica
Começa nesta tarde em Campo Grande, o Seminário sobre o Corredor Bioceânico Rodoviário que vai ligar o Brasil ao Chile. Durante dois dias, representantes de quatro países vão debater além da infraestrutura, toda a questão prática e logística da rota de exportação.
Entre as decisões que devem ser tomadas durante o seminário, está a criação do Conselho Empresarial do Corredor Rodoviário Bioceânico, que na prática será um grupo formado por empresários que vão ser responsável por identificar os problemas encontrados e levá-los ao conhecimento do poder público.
O assunto será tema de painel ministrado às 19h de hoje pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck. Ele adianta que deve coordenar a formação do conselho neste início, mas depois ele será formado apenas por empresários que vão utilizar a rota.
"A grande questão da rota é que não podemos vê-la apenas como um eixo logístico, temos que transbordar isso para desenvolvimento das cidades e regiões pode onde ela vai passar. É uma forma de tornar o corredor ainda mais útil e importante", afirma o secretário. Para isso, segundo ele, é preciso pensar além da infraestrutura.
Ele afirma que os governos estão empenhados em aprontar a parte física da rota, que são pontes e pavimentação, porém que efetivamente vai utilizar o trecho são os empresários. "O objetivo é formar um conselho empresarial com entidades de classe desses países. Essa proposta é nossa, de Mato Grosso do Sul e vamos apresentá-la hoje", diz Jaime.
A Fiems (Federação da Indústria de MS) também participa do painél de hoje. A entidade vai participar do conselho, assim como a CNI (Confederação Nacional da Indústria) como forma discutir internacionalmente as questões que surgirem.
"Acreditamos que é necessário que haja toda uma estrutura de negócio em volta da rota bioceânica, pois ela vai mudar a economia de várias cidades e é preciso que poder público e empresários se organizem para isso", destaca o secretário, ao lembrar que a contrução de um corredor vai facilitar as exportações e importações entre os países, o que deve influenciar diretamente nos preços locais.
"Os produtos importados vão chegar mais fácil ao país e com preço competitivo, por isso também que precisamos acertar questões entre os países e empresários. Para que, mais para frente, isso não seja um problema", destaca Jaime Verruck.
Seminário - O evento sera aberto às 14h, com vários painéis de debate sobre o assunto. Importante para impulsionar as exportações da América do Sul, os quatro países têm feito reuniões frequentes, para tirar do papel o corredor que ligará Mato Grosso do Sul ao portos do Chile. A previsão é de que em 2021, os produtos possam cruzar os quatro países por rodovias, em três dias.
Entre às 14h e às 19h30 de hoje, serão realizados quatro painéis que vão iniciar as discussões. Com a participação dos representantes internacionais, o primeiro painel vai falar sobre as iniciativas recentes para implantação da infraestrutura do corredor rodoviário. O segundo, vai abordar as experiências internacionais em rotas como esta.
Às 16h30 está prevista uma pausa para café e coletiva de imprensa. O evento será retomado às 16h50, com o terceiro painel sobre implantação de uma governança no corredor bioceânico. E o último do dia, vai falar dos resultados dessas ações. O primeiro dia de discussões termina com um debate, a partir das 19h30.