Fibria entra na disputa pela compra da Eldorado junto com empresa chilena
A venda da Eldorado Brasil, em Três Lagoas, ganhou mais uma empresa na disputa. A Fibria, também localizada no Mato Grosso do Sul, teria formalizado seu interesse em comprar a fábrica de celulose dos irmãos Batistas, donos do grupo J&F.
De acordo com o Valor Econômico, ontem a Fibria mudou o discurso e disse, em nota, que "avalia e monitora constantemente oportunidades de crescimento por meio de aquisições de ativos estratégicos que agreguem valor para a companhia e contribuam para manter o seu papel de liderança no setor".
Até então a empresa tinha negado que estivesse de olho na venda da Eldorado, mas fontes do Valor afirmam que a Fibria, controlada pelo grupo Votorantim, apresentou uma proposta à J&F. Estando, de fato, na concorrência junto com a chilena Arauco que na semana passada assinou acordo de confidencialidade com os donos da JBS.
Apesar da formalização na semana passada, o acordo não garante exclusividade à Arauto, apenas acesso a dados e prioridade nas negociações. Não está descartado o recebimento de novas propostas, como a Suzano Papel e Celulose, que tem interesse, mas ainda não fez nenhuma proposta oficial.
A Fibria é a maior produtora mundial de celulose de eucalipto de fibra curta, com capacidade para fazer 5,6 milhões de toneladas ao ano e receita de R$ 10 bilhões. A gigante inaugura nos próximos meses, a ampliação da sua fábrica em Três Lagoas e tem vários motivos para se interessar na compra da Eldorado.
Já Arauco teria na compra, a oportunidade de começar a atuar no Brasil. Na fábrica localizada no Chile, há capacidade para produzir 3,9 milhões de toneladas, com receita anual de US$ 3,8 bilhões.
