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Economia

Inmetro vai verificar relógios de consumidores que relataram aumento

Entre os casos avaliados estão de uma propriedade rural. Morador paga, em média R$ 600, mas última conta chegou a R$ 16 mil

Gabriel Neris e Tatiana Marin | 23/01/2019 18:06
Representantes de órgãos se reuniram nesta tarde em Campo Grande (Foto: Tatiana Marin)
Representantes de órgãos se reuniram nesta tarde em Campo Grande (Foto: Tatiana Marin)

O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) analisará os relógios medidores de energia elétrica de imóveis onde houve diferenças exorbitantes nos valores da conta de luz. Consumidores estão reclamando de abuso e entre os casos apresentados está de uma propriedade rural que chegou a R$ 16 mil.

O dono do imóvel afirmou ao Procon-MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) que paga em média R$ 600 por mês, mas desta vez o valor veio bem acima do costume.

Neste caso, especificamente, segundo o superintendente do Procon-MS, Marcelo Salomão, a Energisa teria reconhecido que possa ter ocorrido algo errado, mas ainda não identificou o problema. A concessionária deve tratar todos os casos de forma particular.

A reunião também reuniu outros órgãos, entre eles o Ministério Público e a OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil).

De acordo com o João Alfredo Carneiro, diretor de Gestão de Qualidade, o Inmetro já faz as verificações periodicamente a pedidos da concessionária de energia elétrica e também dos consumidores e desta vez atenderá os locais que o Procon-MS determinar para saber se houve irregularidade.

Outras ações também foram definidas pelo grupo. Uma delas será reunir todas as informações apresentadas pelos clientes para encaminhar um ofício à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Também pedem uma política de educação para o consumo destinada à população, principalmente quando há temperaturas mais elevadas. O grupo também pede que a partir de setembro inicie uma campanha de consciência evitar sustos na conta de energia no próximo verão.

A companhia também lembra que a tributação também muda quando há aumento na conta de energia. O grupo informou que aguardará e não pretende, neste primeiro momento, ir à Justiça contra a concessionária.

Em nota, a Energisa apontou que “as altas temperaturas registradas em Mato Grosso do Sul principalmente no último mês de dezembro causaram elevação do consumo de energia dos clientes da concessionária, já que essa alteração que está sendo percebida nas contas de luz do mês de janeiro, é referente ao período de dezembro. Além do fato citado anteriormente, o recesso escolar naturalmente já provoca aumento de consumo quando se refere a instalações residenciais”.

A concessionária também aponta que as altas temperaturas exigem que equipamentos de refrigeração consumam mais energia para funcionar adequadamente, podendo até dobrar. “Unidades consumidoras com número elevado de equipamentos como ar condicionado, geladeiras, freezers, ventiladores e câmaras frias sofrem grandes variações de consumo nesse período. Residências e comércios como laticínios, frigoríficos e sorveterias são exemplos de unidades que se encaixam nesse perfil”, completa.

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