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Economia

Para evitar furto, tem comerciante do Centro que gasta até R$ 20 mil por mês

Vendedores flagram tentativas de furto diariamente, apesar do investimento em câmeras e seguranças

Caroline Maldonado | 13/11/2021 09:01
Vendedor da Casa das Alianças, Bruno de Oliveira, rodeado por câmeras dentro da loja. (Foto: Marcos Maluf)
Vendedor da Casa das Alianças, Bruno de Oliveira, rodeado por câmeras dentro da loja. (Foto: Marcos Maluf)

Apesar do policiamento e videomonitoramento no Centro de Campo Grande, os lojistas ainda reclamam de furtos todos os dias. Eles investem em câmeras, contratam segurança e todos orientam os funcionários para ficarem alertas o tempo todo. Tem empresa que chega a investir R$ 20 mil mensalmente só para coibir os furtos e, ainda assim, pega gente furtando quase todos os dias.

De janeiro até agora, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) atendeu 36 ocorrências desse tipo somente no Centro. Isso dá uma média de pouco mais de três casos por mês. O número é baixo, porque muitos lojistas dão seu jeito para evitar o furto e acabam não chamando a polícia.

Gerente da loja de cosméticos Ele & Ela, Marcela Souza Freitas. (Foto: Marcos Maluf)
Gerente da loja de cosméticos Ele & Ela, Marcela Souza Freitas. (Foto: Marcos Maluf)

Entre os ladrões, a maioria são clientes que podem pagar, mas aproveitam um descuido dos funcionários para roubar, segundo a gerente da loja de cosméticos Ele & Ela, Marcela Souza Freitas.

“Aqui tem câmeras e tem gente tentando roubar todos os dias. Temos que ter o monitoramento e espero que tenham mais câmeras nas ruas, porque vai ajudar a pegar essas pessoas que a gente só percebe o roubo, depois que foram embora”, comenta a gerente da loja, na esquina das ruas Barão do Rio Branco e 13 de Maio.

Ainda na Rua Barão, outra loja de variedades investe em segurança munida de rádio comunicador, além das câmeras por toda parte. Mesmo com o investimento mensal em torno de R$ 20 mil, quase todo dia, tem flagrante de gente tentando roubar.

Segurança atuando em prevenção de furtos, em loja da Capital. (Foto: Marcos Maluf)
Segurança atuando em prevenção de furtos, em loja da Capital. (Foto: Marcos Maluf)

O videomonitoramento na esquina não é o suficiente para coibir os ladrões, na opinião da Katy Guedes.

“Precisamos de mais policiamento para que venham imediatamente quando chamarmos. Infelizmente, flagramos pessoas tentando furtar todos os dias, de adolescentes a idosos, tem gente de todas idades”. A gerente conta que o jeito é ver se o ladrão quer pagar e levar ou devolver.

Na 14 de julho, o vendedor da Casa das Alianças, Bruno de Oliveira, não sabe informar o valor total gasto com segurança, mas lembra que a loja tem videomonitoramento 24 horas, desde que foi inaugurada, há sete anos. “Como é uma franquia de São Paulo, já têm as câmeras e, por isso, a gente não tem problema com furtos aqui”, explica.

Secretário Municipal de Segurança Pública, Valério Azambuja, na Gerência do Centro de Controle de Operações em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)
Secretário Municipal de Segurança Pública, Valério Azambuja, na Gerência do Centro de Controle de Operações em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)

O secretário Municipal de Segurança Pública, Valério Azambuja, atribui o número baixo de ocorrências atendidas por motivo de furto ao policiamento e ao videomonitoramento, mas destaca que existem muitos ladrões agindo nas ruas que ainda não têm câmeras, justamente por saberem que não estão sendo monitorados nesses “pontos cegos” do Centro.

“Até junho do ano que vem, teremos mais 150 câmeras nessas vias que ainda estão sem a cobertura do videomonitoramento. Isso vai ajudar muito, pois é mais rápido para identificar e a Guarda ir até o ladrão para recuperar a mercadoria”, comenta Valério.

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