Questão da terra indígena é uma das proecupações do agronegócio para 2014
A questão indígena é uma das maiores preocupações da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) para 2014, entre os problemas do setor, e a entidade passou a utilizar imagens de satélite para usar como prova de irregularidades nas demarcações de reservas em áreas já ocupadas e trabalhadas por agricultores nas terras reivindicadas pelos índios.
A informação é da presidenta da CNA, senadora Kátia Abreu, ao fazer hoje (11) um balanço do agronegócio em 2013 e tratar das perspectivas para o próximo ano. Ela disse que dificilmente 2014 será melhor para o setor do que este ano, em que números positivos “traduzem a competitividade da nossa agropecuária”, em que houve um crescimento de 3,56% no Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio, que pode encerrar o ano com um valor de R$ 1,02 trilhão.
De acordo o balanço da CNA, o valor bruto da produção (VBP) do setor agropecuário pode crescer 3,2% em 2014, em comparação com 2013, e chegar a R$ 438,2 bilhões, e o crescimento só não será maior em função de alguns indicadores do cenário externo.
Segundo a presidenta da CNA, o bom desempenho da agricultura brasileira mudou até mesmo a visão dos políticos em relação ao setor, tanto que “antigamente nós tínhamos que correr atrás dos candidatos a presidente da República e agora são eles que correm atrás de nós”. De acordo com Kátia Abreu, a CNA vai atualizar o manual contendo as posições da agricultura que entregou aos candidatos à Presidência e fazer a entrega do documento aos futuros concorrentes no momento oportuno.
“Este ano, o agronegócio colheu os frutos do diálogo republicano com o governo federal na aprovação do Plano Agrícola e Pecuário que marcou um novo tempo no crédito rural, no seguro agrícola, na inovação e no financiamento à produção. Houve reconhecimento ao mais dinâmico setor da economia, que sustenta a balança comercial brasileira e é responsável por 22,80% do PIB nacional”, disse a senadora.
Ela ressaltou também o crescimento das exportações Agrícolas, principalmente para a China, e declarou esperar que a visita do presidente chinês ao Brasil, no próximo ano, sirva para acabar com o embargo daquele país à carne brasileira “que é muito melhor do que a australiana (que os chineses importam”. E para ajudar a mudar essa situação, em 2014, a presidenta da CNA vai levar à China empresários de churrascarias brasileiras para demonstração da qualidade do produto nacional.
Nessa linha de ação, a CNA investiu no mercado chinês, este ano, levando uma missão empresarial a Pequim e Xangai e inaugurando um escritório de representação em Bruxelas. Kátia Abreu ressaltou que os números positivos traduzem a competitividade da agropecuária brasileira, “mas ainda é preciso superar fortemente os gargalos da logística e do armazenamento que sufocam a produção agrícola. Só assim facilitaremos a atração dos investimentos internacionais para novos projetos produtivos e concessões já estabelecidas”.