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Economia

Restrição para caminhões na cidade das Olimpíadas atrasa entregas de MS

Ricardo Campos Jr. | 21/07/2016 18:06
Imagem feita por caminhoneiro de MS mostra congestionamento na Avenida Brasil nesta quinta (Foto: Direto das Ruas)
Imagem feita por caminhoneiro de MS mostra congestionamento na Avenida Brasil nesta quinta (Foto: Direto das Ruas)

Grande fluxo de veículos e poucas alternativas para o transporte de cargas. No Rio de Janeiro, cidade que em breve será palco dos jogos olímpicos, a restrição de horários para caminhões prejudica entregas e causa dores de cabeça para os condutores. Nesta quinta-feira (21), por exemplo, havia veículos que partiram de Mato Grosso do Sul e enfrentaram longo congestionamento.

Isso porque só é permitida a passagem de veículos de grande porte pela Avenida Brasil, principal via de acesso à Cidade Maravilhosa, das 6h às 10h e das 17h às 21h. Sem alternativas, muitos viajam de madrugada para chegar antes da liberação e conseguir opassar.

Renan Franco, 30 anos, funcionário do setor de vendas da Trans América em Campo Grande, conta que os motoristas muitas vezes não conseguem manter um ritmo de horários e vivem sempre diante do risco de atrasar as entregas ou então as coletas.

Segundo o presidente do Setlog (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul), Cláudio Antônio Cavol, o problema acontece também em outras metrópoles brasileiras, como São Paulo.

“O poder público deveria melhorar a estrutura viária da cidade, mas não faz isso de forma eficiente e acaba causando transtornos que aumentam o preço dos produtos”, afirma.

Segundo ele, durante a proibição de tráfego, os caminhoneiros não têm outra alternativa senão ficar parados nos postos de combustível.

“Quando os caminhões são liberados, existe uma retenção, tem o pico de caminhões em determinadas vias, o que ocasiona congestionamento, atraso, consumo de combustível e estresse ao motorista”, explica.

Cavol não tem números do quanto essa demora aumenta o preço dos serviços, mas afirma que em torno de cinco mil caminhões saem do estado em direção ao sudeste por dia.

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