Riedel critica polarização na pandemia e quer diálogo com setor produtivo
Secretário reclama das decisões que impedem que Mato Grosso do Sul saia da atual situação de colapso na saúde
O secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel, manifestou preocupação com o andamento das decisões políticas em relação às medidas adotadas contra a pandemia. Na avaliação dele, a falta de diálogo e de convergência natural são entraves para que Mato Grosso do Sul saia da atual situação de colapso na saúde.
“Quando criamos o Prosseguir o objetivo sempre foi claro: subsidiar os prefeitos a tomar decisões baseadas em fatores técnicos e na ciência e nunca criar um ambiente conflitivo. A responsabilidade para sairmos da crise é de todos. E este caminho está bem longe da judicialização”, reforçou.
Responsável pelo Prosseguir desde sua implantação até final de fevereiro deste ano quando saiu da Segov até assumir a Seinfra, Riedel enfatiza que a falta de parceria entre o Executivo Estadual e as prefeituras vai na contramão do que é necessário para salvar vidas: união e assertividade em ações.
“Não se trata de abre e fecha, não se trata de prejudicar empresários. A missão é salvar vidas! E nesse sentido é preciso sentar à mesa, é preciso discutir a situação, ouvir os especialistas, analisar indicadores, para tomar a melhor decisão. Não dá para brigar agora, não dá para politizar a doença que está matando milhares de pessoas”, acrescenta Riedel.
Desde sua criação, no dia 26 de junho de 2020, esta foi a primeira vez que a iniciativa foi alvo de contestação por parte de prefeitos do Estado. “Quando isso acontece é preciso freio de arrumação e recuperar o bom senso. Neste momento, todo mundo grita e todos têm um pouco de razão. Então, não tem outra saída senão o diálogo: todos estamos do mesmo lado”.
Para o secretário, estamos vivendo um momento muito delicado com insuficiências de toda as ordem, pandemia e polarização. “Não estamos preocupados com quem está certo ou errado nesta história. Esse jogo só interessa aos grupos que gostam de ver a corda da tolerância sempre esticada. A doença não escolhe lado. Não é hora de julgar ninguém e sim compreender as razões de cada um e assim trabalhar com o que nos une e não com o que nos distancia”, finalizou.