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Educação e Tecnologia

Administrativos criticam promessa de aumento no auxílio-alimentação não atendida

Inicialmente, o governo havia estipulado o pagamento de R$ 400 de vale-alimentação, mas proposta foi retirada

Por Jhefferson Gamarra | 19/10/2023 17:28
Fachada da secretaria estadual de educação (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Fachada da secretaria estadual de educação (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Após a aprovação do projeto de lei complementar que instituiu reajuste salarial de 14,95% para os professores efetivos da rede estadual, retroativo a 1º de outubro, um acordo firmado com a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), os servidores públicos que desempenham funções administrativas na educação pública expressaram insatisfação com a retirada da proposta de pagamento do auxílio-alimentação para a categoria.

Para os servidores administrativos, no entanto, a proposta foi retirada antes de o projeto ser encaminhado para apreciação dos deputados ao final das negociações.

O setor administrativo da educação envolve profissionais que atuam em funções como recepção, secretaria, cozinha, portaria, limpeza e inspeção de estudantes nas escolas estaduais de Mato Grosso do Sul. Os trabalhadores nesse segmento afirmam que o pagamento do auxílio-alimentação, que atualmente é de apenas R$ 100, era dado como certo pela Fetems durante uma assembleia geral, criando expectativas entre os profissionais.

"Eles simplesmente não reconhecem nossos direitos enquanto trabalhadores administrativos da educação do Estado de Mato Grosso do Sul. Eles nos prometeram o aumento e até agora nada. Tivemos o aumento da Cassems, mas nosso aumento não foi incorporado, e esse sindicato não luta pela nossa classe. Os professores tiveram aumento, e para nós, só ficou na conversa", lamentou a merendeira Eliete Santos.

Camila Pressuler, que trabalha na secretaria escolar, também criticou a decisão final das negociações. "Precisamos ficar mendigando por algo que eles mesmos ofereceram, e ainda por cima a Fetems faz pouco caso dos administrativos da educação. É complicado. Você trabalha tanto, se dedica tanto e não tem reconhecimento”, disse.

Funcionária do setor administrativo em Dourados, Silvia de Castro, relata que durante todo o ano houve um reajuste de apenas 5% para a categoria, quanto os professores vão receber quase 14,94%. "Estamos muito insatisfeitos com as negociações feitas com o governo. Isso é uma grande desvalorização do setor administrativo. Estamos lutando e tivemos apenas 5% de reajuste este ano, diferente dos professores”, frisou.

Outra funcionária pública, que não quis se identificar por estar em estágio probatório, classificou como “vergonhoso” o valor de R$ 100 que é pago atualmente aos trabalhadores.

"O auxílio que nos foi dado como certo, tanto pelo sindicato quanto pelo governo, essa negociação estava em andamento há meses. Tivemos apenas 5% de aumento em maio, o que não serviu de nada, pois também tivemos um aumento nas contribuições para a Cassems. Nos prometeram R$ 400 de auxílio-alimentação, e recebemos apenas R$ 100. Isso é uma vergonha. Esse acordo que deram como certo seria para novembro, e do nada, antes de aprovarem o aumento para os professores, nós ficamos sabendo que o governo recuou. Estamos muito revoltados", argumentou.

De acordo com o presidente da Fetems, Jaime Teixeira, apesar de o governo ter voltado atrás com a proposta de pagamento aos servidores administrativos, serão realizadas novas rodadas de negociação para garantir o pagamento. afirmou: "Continuam as negociações para implementar esse valor a partir de novembro. O governo propôs e depois tirou, foi pautado, e estamos trabalhando para que até a semana que vem isso esteja resolvido", afirmou.

A SED (Secretaria de Educação do Estado) foi procurada pela reportagem para esclarecer os motivos da retirada da proposta, mas até a publicação da matéria, não houve retorno por parte do órgão.

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