Maioria acha que pais devem ter direito a licença-paternidade maior
Atual período, de uma semana, já foi proposto para ser aumentado em projetos de lei
Maioria das respostas de leitores do Campo Grande News concordam com o aumento do direito a licença-paternidade para os pais. Cerca de 68% das pessoas são favoráveis, enquanto 32% discordam dessa ideia.
O leitor Samuel Bach, que é pai, comenta que tirou os sete dias de licença e aproveitou o período de férias acumulado. "Nessa etapa inicial em que a esposa está se recuperando no pós-parto, é muito importante a presença do pai. Tudo é difícil, bebê acorda toda hora, amamentação é um processo difícil, demorado e doloroso", relata.
Segundo a Constituição Federal de 1988, o funcionário tem direito a uma semanada justificada e remunerada para se ausentar do trabalho, contados a partir do primeiro dia útil após o nascimento do filho. Para as mulheres, o período é de 120 dias - quatro meses.
Essa diferença no tempo já foi discutida em projetos de lei por parlamentares de todo o Brasil. Até 2018, segundo o Diário do Nordeste, ao menos, 36 proposta da Câmara dos Deputados traziam essa ideia.
Ainda que minoria, essa decisão desconsidera alguns arranjos familiares, tais como pais solos, dois pais, dentre outros. Na visão de algumas pessoas, inclusive, essa definição acarreta num reforço aos esteriótipos de que a mulher tem de cuidar, exclusivamente, dos filhos, enquanto o pai possui caráter de provedor, também em desconsideração das diversidades de famílias.