Você concorda com projeto de lei que proíbe dança do ventre e funk nas escolas?
Projeto seguiu para redação final, na Assembleia Legislativa, e depois poderá ser sancionado ou vetado
Enquete desta sexta-feira (18) pergunta aos leitores do Campo Grande News se concordam com projeto de lei que proíbe dança do ventre e funk nas escolas. Para responder, vote com sim ou não ao final desta matéria.
"Impedir que uma criança aprenda dança do ventre é retirar dela o direito constitucional de conhecer e experimentar a cultura de um povo”, diz um trecho da nota de repúdio divulgada pelo coletivo da dança do ventre e tribal de Campo Grande, contra o projeto de lei que quer restringir danças sensuais em escolas públicas de Mato Grosso do Sul.
O texto inicial da proposta do deputado Renan Contar (PL) proíbe a exposição de crianças e adolescentes a danças que façam alusão a sexualização precoce e passou por emendas que incluem medidas de conscientização e combate à erotização no ambiente escolar.
“Eles aliviaram um pouco a mão, mas continuam restringindo. Qualquer um pode denunciar a escola e o professor se achar que a dança é de conotação sexual, então a gente fica à mercê de interpretações. Quem vai querer levar dança do ventre para o colégio e arriscar ser denunciado até criminalmente?”, questiona a profissional, Ana Graziela Hana Aysha, que faz parte do coletivo.
O projeto de lei 210/2021 foi discutido na Assembleia Legislativa do Estado nesta semana e votada duas vezes, na quarta-feira (16) e nesta quinta-feira (17). Com três votos contrários, ela foi aprovada e agora segue para a redação final.
Em sessão, questionado pelo colega Pedro Kemp (PT), Contar disse que a dança do ventre não era para ser feita em sala de aula, mas sim em casa. O texto da lei não define estilos de dança, mas apenas o conceito de erotismo, que pode ter interpretações diferentes.