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Esportes

Corredora destaca belezas naturais como fontes de inspiração no Bonito Cross

Prova será disputada nas modalidades de corrida de trilha, mountain bike e duathlon nos dias 16 e 17 de fevereiro

Paulo Nonato de Souza | 22/01/2019 10:21
Adriana Vaz na Ultra Machu Pichu Trail, em Cusco, Peru, uma prova de muitos desafios, como a travessia do desfiladeiro Nevado Salkantay com 4.600m acima do nível do mar (Foto: Arquivo pessoal)
Adriana Vaz na Ultra Machu Pichu Trail, em Cusco, Peru, uma prova de muitos desafios, como a travessia do desfiladeiro Nevado Salkantay com 4.600m acima do nível do mar (Foto: Arquivo pessoal)

A junção do esporte com natureza é fantástica e apaixonante, disse a corredora douradense, Adriana Vaz, sobre o Bonito Cross, prova que vai abrir a temporada 2019 dos esportes de aventura em Mato Grosso do Sul nos dias 16 e 17 de fevereiro na área rural de Bonito, município considerado referência nacional no ecoturismo, distante 297 km de Campo Grande.

Bonito é um lugar incrivelmente lindo e não deixa nada a desejar para as belezas naturais de outros lugares do Brasil e de outros países. Sempre faço questão de destacar nosso Estado e não poderia ficar de fora deste evento. Acho que além da adrenalina de uma prova off-road, quem participar do Bonito Cross será presenteado com paisagens incríveis”, comentou ela.

O Bonito Cross vai reunir atletas de trail run (corrida de trilha), Cross MTB (mountain bike) e cross duathlon (pedal e corrida). Conforme o regulamento, nas três modalidades, todas abertas ao público masculino e feminino, vão participar competidores com idade entre 18 a 29 anos, 30 a 39, 40 a 49 e acima de 60 anos no trail run; 16 a 29 anos, 30 a 39, 40 a 49 e a partir de 50 anos no duathlon e mountain bike.

Corredora amadora, mas com determinação de profissional, Adriana Vaz se esforça para conciliar sua rotina de trabalho, a carga de treinos e a programação de corridas. “Para conseguir treinar eu acordo de madrugada e treino antes de ir trabalhar. Sem dúvida este é o meu momento de lazer e faço tudo com muito amor. Não me imagino começar o dia sem uma corrida ou qualquer atividade física”, revelou.

Parada para uma pose com uma nativa durante a Chota Trail, corrida de trilha disputada no entorno da famosa Laguna de Yahuarcocha e do Vale do Chota, em Ibarra, no Equador (Foto: Arquivo pessoal)
Parada para uma pose com uma nativa durante a Chota Trail, corrida de trilha disputada no entorno da famosa Laguna de Yahuarcocha e do Vale do Chota, em Ibarra, no Equador (Foto: Arquivo pessoal)

Adriana Vaz contou que começou a correr há seis anos, quando entrou para um grupo de corrida comandado pela treinadora Maira Brum, e desde então não parou mais.

“Comecei a pedalar praticamente na mesma época. Em 2015 fiz minha primeira corrida off-road, o Brasil Ride, em Botucatu (SP), passei algum tempo competindo MTB e corrida, mas aos poucos a corrida de trilha foi me chamando e acabei focando mais nesta modalidade. Me apaixonei e não quis mais correr no asfalto. A natureza e o clima de montanha têm uma energia que te atrai muito, é uma sensação inexplicável”, ressaltou.

De acordo com seu histórico, o início nos esportes de aventura foi marcado por provas curtas de no máximo 12 km. Segundo ela, as conquistas vieram já nas primeiras provas com o primeiro lugar no pódio no Mountain Do, disputado no deserto do Atacama, que se estende do norte do Chile até a fronteira com o Peru, e no Naventura e Amazing Runs, duas provas realizadas na Ilha do Mel (PR).

“A K21series, em Bariloche, que fiquei em 3º lugar no geral, e o XTerra Camp Paraná, que fiquei em 4º lugar no geral, tanto no Nigth Trail Run como no MTB são duas provas que também gosto de lembrar. São provas ranqueadas, então o nível dos atletas é altíssimo”, destacou ela.

Em 2018, já mais experiente, Adriana Vaz disputou provas de longa distância em vários países da América do Sul, todas com percursos entre 21 km e 100 km. Foi muita adrenalina nas trilhas, mas também não faltaram perrengues fora delas.

“Cheguei a ser barrada no meio de um voo por falta de comprovante de vacinação contra febre amarela, tive o ônibus quebrado com motorista mandado todo mundo descer no meio do nada, no Equador, e devolvendo o dinheiro da passagem. Caí em um precipício durante uma prova em Cusco, no Peru, e tive que caminhar mais de 5 horas para completar o percurso e pegar a medalha, enfim, são muitas histórias pra contar”, lembrou.

Em 2019, Adriana Vaz abrirá sua programação de competições pelo Bonito Cross. “Depois de Bonito sigo para as provas do Campeonato Sul-Americano de Corrida de Montanha. Pra mim é um orgulho começar a temporada com uma prova no meu Estado”, afirmou.

Os percursos do Bonito Cross serão de 12,2 Km (trail run), 5 km + 21,5 Km de bike + 1,3 Km de corrida (duathlon) e 61,7 km, 39 km e 31,8 Km (mountain bike). A disputa de trail run vai abrir o evento no dia 16, sábado, com largada às 7h30, e as provas de MTB e duathlon serão disputadas no domingo, dia 17, com largadas às 7h30 e 7h45, respectivamente. Nos dois dias de provas a concentração dos atletas será na Praia da Figueira a partir das 7h da manhã. Site oficial do evento - http://bonitocross.com.br/

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