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Esportes

Corrida Sangue Bom também contará pontuação para atletas profissionais

Evento visa estimular doação de sangue e medula óssea e dinheiro arrecadado irá para Hospital do Câncer e Apae

Guilherme Correia e Idaicy Solano | 15/05/2023 10:58
Corredor comemora chegada em edição anterior da Corrida e Caminhada Sangue Bom. (Foto: Divulgação)
Corredor comemora chegada em edição anterior da Corrida e Caminhada Sangue Bom. (Foto: Divulgação)

Sexta edição da Corrida e Caminhada Sangue Bom teve abertura nesta segunda-feira (15), no saguão ambulatório do HCAA (Hospital do Câncer Alfredo Abrão). O diferencial desta edição é que a corrida de 15 quilômetros será oficial, ou seja, vai contar pontuação para quem é atleta profissional.

O evento visa angariar fundos em prol do hospital e da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Campo Grande). As informações sobre o percursos serão divulgadas até o início da próxima semana.

O evento já se tornou uma tradição na região, desde 2017, tendo contado com a participação de cerca de 700 pessoas em sua última edição. A expectativa deste ano é de 850 a mil corredores, segundo o idealizador do projeto, Carlos Alberto Rezende, conhecido como Professor Carlão.

O coordenador do evento, Helton Cardoso, explica que a corrida é solidária, com 50% dos lucros para o Hospital do Câncer e outros 50% para Apae, e que o trajeto maior, de 15 quilômetros, deve passar próximo à Cidade do Natal, na Avenida Afonso Pena. “A novidade é que esse ano a gente vai homologar ela [a corrida], vai ser uma prova oficial e vai estar contando para o Bolsa Atleta”, explica.

Além de conscientizar a população de Campo Grande sobre a importância da doação de sangue, o evento também serve como um incentivo à prática de exercícios físicos, segundo ele. “A corrida trata de doação de sangue e medula óssea, mas ela tem também um pensamento global no meio do atletismo”.

“É um evento que a gente acaba lotando o banco de sangue. Esses dias eu fui doar sangue e vi muitos atletas. Desde 2017, a gente tem feito esse trabalho e isso tem dado muito resultado”.

O idealizador da Corrida Sangue Bom, Carlos Alberto Rezende, durante lançamento do evento. (Foto: Idaicy Solano)
O idealizador da Corrida Sangue Bom, Carlos Alberto Rezende, durante lançamento do evento. (Foto: Idaicy Solano)

Idealizador da corrida, Carlos Alberto Rezende relata que a ideia da corrida existiu quando ele se tornou transplantado de medula óssea. “Surgiu de uma grande adversidade que eu tive. A partir dessa diversidade mudei a minha vida e direcionei ela para a prática da empatia. E o esporte é o veículo de inclusão para toda e qualquer adversidade que você tenha tido na vida”.

“E além de ser a corrida o esporte mais democrático para que você possa começar a prática esportiva. Lembrando que é sempre importante você iniciar o esporte com orientação de um educador físico. Então, a corrida coloca em contato o rico e o pobre, da classe A, da classe B, da classe C, da classe D. A corrida agrega todos indistintamente da sua origem, do seu poder econômico”.

Ele também convidou a população a comparecer no evento. “São práticas para melhorar a sua qualidade de vida e além de tudo, você pode contribuir com a sua inscrição, que o lucro será utilizado para tratamento de câncer dos pacientes do hospital e para as crianças da nossa querida Apae”.

A cabeleireira Emily Coffacci, de 50 anos, é corredora amadora há cinco anos e se tornou embaixadora deste evento. Ela foi diagnosticada com câncer de mama aos 48 anos, e no HCAA fez radioterapia, 16 quimioterapias e uma cirurgia de mastectomia. O tratamento foi finalizado em dezembro de 2022, e ela segue com acompanhamento médico.

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Durante todo esse tempo eu continuei ativa com as corridas de rua, participando em corrida de rua. Eu não morava em Campo Grande, me mudei pra cá por conta do tratamento e aí esse ano vai ser a primeira edição que eu vou participar da Corrida Sangue Bom”, relata a cabeleireira Emily Coffacci.

Ela recebeu o convite do próprio Hospital do Câncer para representar o evento. “Nada mais justo do que uma paciente oncológica que corre ser embaixadora da corrida que é beneficente em prol do hospital”.

O projeto Pernas Solidárias também marcará presença, com a ideia de fornecer triciclos adaptados para corrida, para corredores que não podem correr. A representante da ação, Daniely Davi também convida a população a participar do evento. “A gente faz esse trabalho há quase quatro anos, e nem é um trabalho, é uma entrega, uma doação”.

O secretário municipal de Saúde de Campo Grande, Sandro Benites, também esteve no lançamento da Corrida e ressaltou a importância da doação de medula óssea e órgãos. Ele pede pra contar com a colaboração de todas as autoridades presentes, além da imprensa e sociedade organizada, para chegar à meta dos mil inscritos na corrida

“Nós todos aqui podemos ter o privilégio de, em vida, salvar outra vida. Pensa na alegria que vem da pessoa para quem você doou. Você pode estar salvando a vida de uma criança ou de um adulto, no Brasil, na América do Sul, na Ásia, na Europa, na Oceania. A partir do momento que você faz a doação, o seu sangue está num banco internacional”.

Inscrições - Os interessados em participar da competição podem participar de três modalidades: a caminhada, de 3 quilômetros; a corrida, de 5 quilômetros; e a corrida de 15 quilômetros.

O ponto de partida será na Cidade do Natal, nos altos da Avenida Afonso Pena, às 8h do dia 25 de junho. As inscrições terminam dois dias antes da corrida, 23 de junho. Clique aqui para acessar o regulamento e aqui para se inscrever. Doadores de sangue, medula e aqueles que possuem mais de 60 anos têm lote especial.

Apoio - A corrida acontecerá no dia 25 de junho, data escolhida para celebrar o Junho Vermelho e conscientizar a população acerca da importância da doação de sangue. O Hemosul - banco de sangue localizado em Campo Grande -, divulgou nota na última semana alertando para a falta de sangue dos tipos O positivo e negativo.

A data também coincide com o mês de comemoração do Dia Nacional do Teste do Pezinho, celebrado no dia 6 de junho; e do Dia Mundial da Fenilcetonúria, doença rara triada por meio do teste do pezinho, que é celebrado no dia 28 de junho.

Estiveram presentes no evento o projeto Pernas Solidárias, além da Federação de Atletismo, Liga do Bem, Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Santa Casa de Campo Grande, Hemosul, Polícia Militar, dentre outros.

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