Doadores campeões despejaram R$ 3 milhões em campanhas
Investimento pesado – Os dois maiores doadores para as campanhas eleitorais em Mato Grosso do Sul, os empresários Antônio Celso Cortez e Ricardo Fernandes de Araújo, despejaram juntos quase R$ 3 milhões para tentar eleger candidatos de vários seguimentos. Cortez, que teve o nome envolvido pelos irmãos Batista no esquema de pagamentos de propina da JBS, é dono da PSG Tecnologia e foi ligado à Itel, de João Baird, empresas investigadas na Lama Asfáltica, desembolsou R$ 1,5 milhão. Já Araújo, dono da Mil Tec Tecnologia, outra empresa “herdeira” de contratos públicos com a Itel, doou R$ 1,3 milhão.
Quem recebeu? – Só na campanha de José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, que tentará vaga na Assembleia, Cortez injetou R$ 400 mil. Ele doou a mesma quantia para o sobrinho do petista, Vander Loubet (PT), que disputa a reeleição para a Câmara Federal. O empresário investiu R$ 250 mil na campanha de Wilton Acosta, pastor que é candidato a deputado federal pelo Republicanos. Já Ricardo Araújo fez sua maior doação (R$ 800 mil) à campanha de Giselle Marques (PT) para o governo, mas também investiu em bolsonaristas, como Rodolfo Nogueira (PL), que recebeu R$ 200 mil.
Mão no bolso – Dono de patrimônio de R$ 20,7 milhões, Eduardo Riedel (PSDB) é o terceiro candidato do Brasil que mais investiu dinheiro do próprio bolso para se eleger. Ele doou R$ 620 mil para a própria campanha, menos que o candidato ao Governo do Rio Grande do Sul, Roberto Argenta (PSC), que desembolsou R$ 850 mil, e Pablo Marçal (Pros), que chegou a fazer de R$ 800,3 mil antes de ter a candidatura à Presidência cancelada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Sem fôlego – Demonstrando e até admitindo cansaço, candidatos ao Governo de Mato Grosso do Sul até cogitaram cancelar coletivamente as participações na sabatina promovida pela OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul), na noite de ontem (29). Mas, como Adonis Marcos (Psol), Giselle Marques (PT) e Marquinhos Trad (PSD), que são profissionais do Direito, não toparam proposta feita pelos demais, nos bastidores do penúltimo encontro, o debate da TV Morena, e o evento foi mantido.
Troca troca – Depois que divulgarem os horários e locais de votação, o candidato ao Governo, André Puccinelli (MDB), e a candidata à Presidência, Simone Tebet (MDB), resolveram mudar a agenda. Conforme a primeira programação, os dois acabariam se encontrando, às 8h, porque ambos votam na Escola Estadual Lucia Martins Coelho, mas Puccinelli, que passou a campanha toda sem pedir votos para Simone, decidiu se antecipar e informou que vai votar às 7h30. Simone, por sua vez, resolveu adiar sua ida até a urna para 9h. Agora, ela corre risco de topar com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), também eleitor na escola localizada na Rua Bahia.
Mistério – Candidatos ao Governo de Mato Grosso do Sul decidiram fazer mistério sobre o que farão no último dia útil da campanha eleitoral. André Puccinelli (MDB), Adonis Marcos (Psol), Giselle Marques (PT), Marquinhos Trad (PSD) e Rose Modesto (UB) não divulgaram as agendas. Capitão Contar (PRTB) disse que estará em reuniões internas, enquanto Eduardo Riedel (PSDB) faz carretas e caminhadas em Aparecida do Taboado, Três Lagoas e Naviraí.
Sacoleiras on-line – Dentre as categorias “criadas” durante a pandemia estão as “sacoleiras on-line”. Com a movimentação restrita no País, aquelas longas viagens de ônibus em busca de fardos e fardos de mercadoria barata ficaram no passado, mostrou reportagem do Estado de S. Paulo de ontem (29), que tem Bianca Amaral Sobroza, de Campo Grande, como personagem.
Crescimento – A servidora pública de 35 anos faz dinheiro extra vendendo bijouterias pelo WhatsApp e contou que, na primeira compra, em outubro do ano passado, investiu R$ 400 em acessórios, e dois meses depois, já precisou fazer estoque de R$ 2 mil. Bianca está entre os 4 milhões de empreendedores brasileiros que usam a internet para revender, segundo pesquisa de 2021 da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas.
Cofre cheio - De maio a agosto, cresceu 8,46% a receita da Prefeitura de Campo Grande, passando de R$ 3,9 bilhões no segundo quadrimestre de 2021 para R$ 4,2 bilhões no mesmo período deste ano. “Um bocadinho considerável”, na avaliação da secretária de Finanças, Márcia Helena Hokama.
Mão aberta – As despesas também cresceram, conforme a Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento. Os gastos do Tesouro passaram de R$ 1,3 bilhão no ano passado para R$ 1,4 bilhão, aumento de 7,78%. Em todas as fontes, o aumento foi de 13,47%, passando de R$ 2,7 bilhões para R$ 3,1 bilhões.