Policiais deixaram Câmara em carro igual ao de Bernal
Greve sem fim – Campo Grande vive a onda das greves. Só foi acabar a paralisação do lixo, os médicos da Santa Casa decidiram cruzar os braços em protesto contra atraso no pagamento de salários. Só ontem, o protesto comprometeu o atendimento de 300 pessoas.
Reforço – Além dos médicos, os peritos do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) e os bancários continuam parados. Os médicos da previdência estão de braços cruzados há 50 dias. Os bancários completaram duas semanas.
Sem futurologia – O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) decidiu adotar a cautela sobre a aprovação do aumento na carga tributária. Ele decidiu aguardar a aprovação das propostas pelos deputados estaduais para incluir a previsão de elevação dos impostos no Orçamento de 2016.
Embate – Os vereadores estavam preparados para a polêmica com a colega, Luiza Ribeiro (PPS). A surpresa foi da confusão causada pela presença de dois policiais a paisana armados, que acabou sendo usada pela oposição para desgastar a parlamentar e o prefeito Alcides Bernal (PP).
Carro – Após os vereadores começarem a questionar a presença da dupla armada no legislativo, os policiais deixaram a Câmara Municipal em um carro semelhante ao utilizado pelo prefeito. Eles também sempre acompanham Bernal nos eventos.
Porte – Teve oficial da Polícia Militar que estranhou a polêmica em torno do assunto. Policiais civis e militares podem andar armados, mesmo de folga, porque possuem o porte obrigatório e fazem parte do sistema de segurança.
Contra ataque – Os vereadores de oposição reforçaram a artilharia contra Bernal. Investigados pela suposta compra de votos para cassar o mandato do progressista em 2014, eles também querem a apuração de denúncia de que Bernal usou as mesmas armas para obter apoio e evitar a cassação.
Movimentos - O deputado Pedro Kemp (PT) afirmou que respeita a autonomia dos movimentos sociais, que inclui a luta em apoio aos povos indígenas em todo o país e a nível internacional. No entanto, o petista é contra a campanha de boicote aos produtos de Mato Grosso do Sul. Para Kemp, a proposta é equivocada e injusta, porque nem todos os produtores agridem os índios.
Fogo – Kemp atribuiu à CPI do Cimi, criada pelos deputados estaduais para investigar a entidade da Igreja Católica, o tumulto ocorrido ontem no legislativo. Ele destacou que a comissão não traz solução, mas só responsabiliza o Cimi pelas invasões de terras no Estado.
Reação - O deputado José Carlos Barbosa (PSB) disse que a Assembleia precisa se manifestar sobre a campanha de boicote aos produtos de MS. Ele prevê danos extraordinários ao Estado em caso de êxito. "Esta é uma preocupação que temos na Casa de Leis", justificou.
(colaboraram Leonardo Rocha e Marcos Ermínio)