“Falta arte, união e empatia”, diz representante do Círculo Universal da Paz
Delasnieve Daspet frisa que a cultura não existe sem paz e paz não existe sem cultura.
O Dia da Paz ganhou evento nos altos da Avenida Afonso Pena neste domingo (22). Mais de 500 pessoas passaram pela comemoração, que ressaltou a ausência de um dos maiores significados da bandeira da paz: a união.
Ao Lado B, a representante no Brasil do Círculo Universal da Paz, Delasnieve Daspet, ressaltou que falta a interpretação dos significados da bandeira da paz. Ela frisa que a que não a cultura não existe sem paz e paz não existe sem cultura.
“Os triângulos na bandeira representam cultura, arte e religião. O círculo na bandeira significa a união, que é o que está faltando. Existe hoje em dia, uma completa de ausência de empatia entre as pessoas que sequer se olhar. Não conversam. A falta de diálogo gera violência dentro das casas e famílias. Não há diálogo e isso é o que nós buscamos”, destaca.
A artista plástica Erika Rando Arctan aproveitou o evento para expor seu trabalho. Ela faz parte do grupo Caravelle de Reves que traduzido do francês significa a “Caravela dos Sonhos”. O grupo existe há 3 anos, e todas as obras são trocadas por cestas básicas para doação a instituições de solidariedade.
“A arte é a principal atividade que consegue traduzir esse sentido de paz, união, harmonia. A arte vê além, não tem discriminação. Por meio da arte você consegue compartilhar. A arte aproxima e agrega”, frisa.
A artista destaca que o mundo vive tempos complicados e que reflexão sobre o que está acontecendo é um bom passo.
“Um evento como este faz com que as pessoas reflitam sobre o que temos e a reflexão nos faz enxergar o que estamos fazendo”, completa.
Além das apresentações musicais, o evento contou com exposições de orquídeas que, segundo os expositores, transmitem paz natural. As orquídeas variam entre R$ 10 e R$ 50 mil.
Venceslau Carlos de Oliveira, de 50 anos, também é organizador da exposição de orquídeas que acontece no Armazém Cultural. “Eu trouxe para a exposição mais de 200 orquídeas de 40 espécies diferentes. As plantas traduzem o sentimento de paz. Conheço três pessoas que sofriam com depressão e após o contato constante diminuíram os remédios e até deixaram de se medicar”, conta.
Acompanhado do filho de 2 anos e a esposa, o servidor público Raul Valentim, de 29 anos, passava pelo local ouviu a música resolveu parar. “A cultura enriquece não só as crianças como a todos nós. Gostei muito da exposição de orquídeas e vou muito ao parque também”, conta.