Anderson tem "museu" da F1 com miniaturas e corridas dos anos 70
Ele tem todas as corridas desde os 70, mais de 300 miniaturas de carros de da F1, além de livros e revistas
Anderson Ramos, empresário de 51 anos é um apaixonado por automobilismo. Mas não é uma paixão qualquer, ele fez desse sentimento o motor para um registro histórico que pode durar gerações.
Sua casa no Copharádio é quase um museu da Formula 1. Ele tem todas as corridas desde os 70 digitalizadas e em DVD, mais de 300 miniaturas de carros de da F1, incluindo algumas raridades, além de revistas, livros e anuários antigos.
Seu tour começa pelas corridas. Anderson tinha um acervo todo em DVD, que organizou de forma impressionante. Até as capas foram feitas por ele. As amarelas são corridas que brasileiros venceram, já s brancas são de outras nacionalidades.
“Comecei a gravar corrida em 1986, desde então venho evoluindo a forma de armazenar”, conta o apaixonado que agora tem dois HDs externos com corridas.
As corridas antes dos anos 80 são muito raras, por isso Anderson passou por uma verdadeira peregrinação para consegui-las. “Quem é apaixonado faz muita troca, tem até venda de corridas”.
Muitas das corridas foram transformadas em HD com áudio da narração original. São corridas históricas que volta e meia Anderson reassiste. “Tem o primeiro título do Nelson Piquet, primeira corrida vencida por Aytron Senna, a corrida que ele morreu”.
Segundo Anderson, rever as corridas é uma forma de voltar no tempo e ter contato com um universo desconhecido para quem acompanha Fórmula 1 atualmente.
“Eu revejo temporadas inteiras. Agora mesmo estou revendo a de 2009, quando Rubinho correu pela Brawn GP e ganhou duas corridas. To vendo porque Bruno Senna, sobrinho de Ayrton, quase correu no lugar dele, daí a gente fica pensando o que poderia ser”.
Os carros em miniaturas e as revistas ficam em uma sala separada. Anderson estipula mais de 300 reproduções, de marcas distintas. Ele chama todo seu acervo de revistas, livros, e documentos de “internet do passado”.
“Não havia internet, não tinha como eu pesquisar sobre corridas, pilotos, pistas, histórias, se não fosse pelas revistas e livros”.
Muitos carros são enconmendas personalizadas para Anderson, que complementa cada um com adesivos originais da época em os carros correram.
Anderson possui várias pastas com recortes de revistas e jornais sobre pilotos, além de coleções inteiras de revistas especializadas como Racing, GRID, vá e os famosos anuários do comentarista Reginaldo Leme, desde o primeiro até o último.
O colecionador tem uma memória incrível, conta a história de cada livro, cada revista anuário. Ele também sabe relacionar cada história com os respectivos carros envolvidos nessas histórias. Não raro busca em sua coleção, qual o carro a qual está se referindo na foto.
Anderson começou a gostar de Fórmula 1 por conta do pai, que achou que era Nelson Piquet, quando na verdade se chamava, Nilson. “O primeiro corrida que lembro é o GP da Suécia de 1978”.
O jornalista tem uma relação especial com vários pilotos, passando não só pelos ídolos, mas também estrangeiros, como o canadense Gilles Villeneuve, de quem tem todos os carros.
“Esse pra mim não tem igual, sou muito fã dele”, conta Anderson segurando uma revista em francês que ele mesmo traduziu para saber do que se tratava.
O valor de sua coleção é incalculável, mas Anderson conta que está começando a estipular para deixar de herança para única filha. “E to estipulando em dólar (risos)”.
“A velocidade me fascina, é o ser-humano ultrapassando o próprio limite”.