Andrea viajou mais de 900 km só para rever o Canto da Terra
Campo-grandense mora em Curitiba, mas durante sua adolescência foi fã do grupo de chamamé
Fã de carteirinha do Canto da Terra durante a adolescência, Andrea Lopes viajou mais de 900 km só para vir até Campo Grande e conseguir rever o grupo de chamamé reunido. Unindo sua mudança para o Paraná ao grupo estar se apresentando apenas em eventos pontuais, ela conta que rever os músicos e sentir as emoções dos antigos bailões mais uma vez depois de 24 anos é emocionante.
Quando tinha 14 anos, a enfermeira começou a frequentar os bailes e, apaixonada pela música, se tornou a pessoa que chegava primeiro às festas e só ia embora depois. Foram cinco anos acompanhando o Canto da Terra em todos os eventos na cidade e até viajando para ver os músicos.
Para matar a saudade, ela descobriu que um show do Canto da Terra será realizado hoje (6) e foi assim que decidiu se programar para dançar muito. “Eu já encontrei o Marlon, que era integrante, e falei que essa terça-feira vai ser uma choradeira só. É muito emocionante para mim, tem um peso grande porque era muito bom. Estou ansiosa mesmo”.
Com expectativas altas e se lembrando que tinha até camiseta de fã, Andrea detalha que viu o primeiro baile do grupo fora de Campo Grande. “As viagens eram mais difíceis porque eu não era adulta, mas fui para Bonito ver esse primeiro baile oficial deles fora da cidade”, explica.
Aos poucos, a então adolescente conseguiu fazer amigos de chamamé e se aproximou do grupo. “Eu dançava a noite toda, nunca bebi, fumei, sempre foi o gostar de dançar. Minha adolescência foi muito rica e intensa nesse sentido. Mas quando tinha 20 anos tive meu filho e fui para o Paraná”.
Morando em Curitiba e precisando lidar com a nova vida, Andrea narra que foi deixando o amor pelos bailes em segundo plano, mas que esse gosto nunca desapareceu. “Depois não tive mais oportunidades de ver o grupo. Tanto porque estava com filhos pequenos quanto porque o grupo acabou”, diz.
O tempo passou e, em 2018, ela ficou sabendo que haveria um baile com o Canto da Terra em Campo Grande. Mesmo tendo família por aqui, não conseguiu vir e detalha que, sabendo da reunião dos integrantes, a vontade de reviver os momentos da adolescência só aumentou.
“Em 2020 eu me separei, mas com a pandemia continuei em casa e sigo morando em Curitiba. Fiquei sabendo que o Marlon, que era do Canto da Terra, estava com um grupo novo e que talvez houvesse show do Canto neste ano”, comenta Andrea.
Durante o mês de Julho, a enfermeira veio visitar a mãe em Campo Grande, mas não conseguiu ver o grupo reunido. Já no Paraná mais uma vez, ela descobriu que o Canto da Terra iria finalmente fazer um novo show com a formação original.
Sabendo disso, ela conta que nem pensou duas vezes e se programou para voltar ao Mato Grosso do Sul só para rever o Canto da Terra. “Depois desses 24 anos, eu voltei a dançar e quero voltar a fazer essas coisas que são importantes para mim. Acredito que a casa vai lotar com o show deles e é muito por causa disso, porque são memórias e emoções”.
Bailão na Colônia Paraguaia - Trazendo apresentações de Alma Serrana, Canto da Terra, Tradição, Laço de Ouro, André Santinni e Capim. Os ingressos estão à venda com o valor R$ 50 (primeiro lote) a R$ 100 (quarto lote).
As mesas com preço antecipado sai a R$ 800,00. Os convites podem ser adquiridos direto no telefone (067) 98169-5750.
O Buteco da Vaneira acontece às 20h na Rua Ana Luísa de Souza, 654, Bairro Universitário.
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