Aos 46 anos, Galega não teme “mostrar o bumbum aos moralistas”
Mãezona marombada cultua e trabalha seu corpo na musculação do jeito que quiser, sem nunca deixar de lado o sensual e feminino
Se por um lado não tem o menor problema em mostrar os pneuzinhos a mais por aí, qual seria então o de ser marombeira? No caso de Galega, nenhum. Mas para os haters…
"Sou muito criticada só porque tenho 46 anos, sou mãe de dois filhos, e as pessoas acham que 'pareço puta' na internet. Mas elas não entendem que sou dona do meu próprio corpo. Sou tão fodástica, sensual e feminina como qualquer outra mulher".
Mariley Varanis tem a musculação em alta consideração. Quem vê ela hoje, não imagina o processo de quase 10 anos que passou não somente para alcançar o corpaço que tem, mas para sair de um quadro de depressão.
"Meu pai teve câncer na garganta. Foi um sofrimento cruel que resultou em sua morte. É aquele velho ditado, só damos valor quando perdemos algo. Eu, que nunca fui apegada à família, era muito próxima à ele. Infelizmente não tive coragem suficiente de dizer o quanto eu o amei, do quão importante ele era pra mim. Passei dois anos em profunda tristeza".
Sem saber, a atividade física seria o pontapé que ela tanto precisava.
"Conversava muito com um amigo. Aí um dia ele resolveu bater em casa e pediu que eu me arrumasse pois iríamos sair, fazer algo diferente. Com muito custo aceitei. Acabamos indo à uma academia. Foi a primeira vez que entrei numa sala de musculação. De cara já foi uma experiência incrível".
"Conheci um profissional de nome Gustavo – nunca vou me esquecer dele – que foi me ensinando tudo o que eu sei hoje. Fomos treinando juntos. A academia até fechou as portas, mas não a minha vontade de aprender mais e mais sobre o universo da musculação".
Segundo Galega, esse começo era bastante difícil, mas como a prática leva a perfeição, ela sempre observada outros professores, pessoas mais experientes, e até acompanhava vídeos de treino na internet.
"Principalmente da Gracyanne Barbosa, sou super fã dela, tenho a maior admiração. Esse lance de ser disciplinada não é nada fácil, não é pra qualquer um. Abri mão de muita coisa na vida, amizades, alimentação, baladinha. Mas me dedico a minha verdadeira paixão".
Com o tempo, corpo ficando cada vez mais sarado, Galega resolveu compartilhar a evolução da atividade em fotos sensuais de seminudez em seu perfil na rede social. Críticas são o que não faltam, mas para ela as duas únicas opiniões que importam são as dos filhos.
"Só quem poderia exercer uma censura à mim são eles, mais ninguém. E os dois nunca boquejaram, muito pelo contrário, só ouço elogios, me apoiaram sempre, têm orgulho de mim. Eu vejo essa coisa do hater como pura inveja, gente de cabeça pequena. E não tem jeito, não consigo me enxergar de outra forma senão a fantástica".
E dá o recado: "as mulheres de hoje são ofuscadas por tudo, acabam se segurando por causa do marido, dos filhos, da família, dos amigos, do trabalho, não soltam essa vontade de serem elas mesmas. Eu não, sou assim do jeito que quero ser. E recomendo você ser também".
Arbitragem – Por mais que Mary tenha uma rotina de atleta, ela não se considera uma. Porém, não deixa de ter um pézinho no fisiculturismo. Conhecendo profissionais e outros praticantes da IFBB-MS (Federação de Culturismo e Fitness de Mato Grosso do Sul), entre eles o presidente Amado Moura, foram quem sempre lhe deram o aval para subir aos palcos.
"Mas eu nunca quis, tenho maior vergonha! Pode não parecer, mas sou bem tímida. Todos me conhecem pela minha alegria nos treinos de academia, mas não durante as provas. Em conversas com o Amado, foi ele quem sugeriu de eu me tornar árbitra aqui em MS".
"Não existe arbitragem feminina no Estado. Achei super legal, abracei a ideia. Mas infelizmente, com essa pandemia, este ano ainda não teve curso, foi tudo cancelado. Quem sabe já para o ano que vem me torne uma".
Planos podem até ter sidos suspensos, mas os sonhos, eles sim estão a voar sem as máscaras.
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