Casa no Taveirópolis é resistência do stand up comedy em Campo Grande
Após oito meses parados, dois comediantes, Luciano Risalde e Yuri Tavares, fizeram seu shows de stand up numa casa alugada
Uma casa no Taveirópolis é, literalmente, o palco por meio do qual alguns humoristas de Campo Grande estão voltando a fazer shows. Depois de mais de oito meses parados, dois comediantes de Campo Grande, Luciano Risalde e Yuri Tavares, fizeram seu shows de stand up numa casa alugada, que também serviu para a gravação de um programa de televisão. O show foi em formato dos comedy clubs, com público sentado consumindo comidas e bebidas.
Os dois foram acompanhados de dois artistas nacionais; Alorino, que participou do quadro “Quem Chega Lá” do Domingão do Faustão e quase ganhou e Rodrigo Cáceres, famoso por imitar o inesquecível Zacarias do Trapalhões.
Para os humoristas da Capital, fazer humor antes da pandemia já era um desafio, retomar será uma tarefa hercúlea. Luciano mesmo vivia só da comédia antes de março, nos meses seguintes foi obrigado a se sustentar com bicos, como instalar ar-condicionado, ser servente de pedreiro, entre outras coisas.
“Está tudo muito parado ainda, Campo Grande nunca teve a tradição de ter bar de comédia, das pessoas assistirem sentados como aqui nesse show hoje, então tudo fica mais complicado”, disse Luciano.
Para Yuri, humor do jeito que ele estão fazendo é uma forma de resistência. “Apesar das dificuldades temos muitos comediantes em Campo Garande, só precisamos educar público e também os donos de estabelecimentos para nos dar espaço”.
Acostumados a rodarem pelo Brasil, Alorino e Rodrigo Cáceres, acham que Campo Grande tem muitos locais onde os humoristas pode se apresentar, mas é preciso criar uma tradição junto ao público.
“Tem lugar pra humor em qualquer lugar, eu mesmo faço shows em cidades muito menores e lota, imagina numa cidade desse tamanho, tudo é questão de criar uma cultura e mantê-la”, disse Alorino.
Organizadores das apresentações no Taveirópolis, Nando e Nina, também apresentadores do Clube do Batidão, acham que é importante dar espaço aos artistas locais e colocá-los junto de outras, reconhecidos nacionalmente.
“A gente investiu porque achamos que tem público e porque Mato Grosso do Sul merece receber grandes humoristas”.
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