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Comportamento

Há 35 anos no Hemosul, Edson já foi até padrinho de casamento de doador

Técnico de hemoterapia há três décadas passou a colecionar amizades e histórias vinculadas à doação de sangue

Por Clara Farias | 21/01/2025 13:07
Há 35 anos no Hemosul, Edson já foi até padrinho de casamento de doador
Edson Rodrigues da Silva em entrevista ao Campo Grande News (Foto: Henrique Kawaminami)

Há 35 anos, o técnico de hemoterapia Edson Rodrigues da Silva, de 55 anos, é o "funcionário sorriso" do Hemosul de Campo Grande. Primeiro servidor público da rede, o técnico relata que trabalhar todos os dias com o banco de sangue é gratificante. Com a facilidade de fazer amizade, o servidor já foi até padrinho de casamento de um dos doadores a quem atendeu.

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Edson Rodrigues da Silva, um técnico de hemoterapia com 35 anos de experiência no Hemosul de Campo Grande, destaca a importância da doação de sangue e a gratificação de seu trabalho. Ele compartilha histórias emocionantes, incluindo a de um doador que, mesmo após perder a mãe, decidiu continuar a doação. Edson também incentiva amigos e familiares a se tornarem doadores, refletindo seu compromisso com a causa. Para doar sangue, é necessário ter entre 16 e 69 anos e atender a certos requisitos, como peso mínimo. O Hemosul oferece horários específicos para doações e realiza campanhas para aumentar a conscientização sobre a doação de sangue.

Em 1989, quando entrou para o serviço público, Edson logo teve consciência sobre a importância da doação de sangue, e todo ano realiza sua doação durante as férias. "Desde que entrei aqui pensei: 'vou fazer a minha parte'", disse o técnico. Em dias considerados bons, o técnico atende 30 doadores. Em períodos críticos, como o mês de janeiro, o número de atendidos acaba caindo pela metade.

Nesses anos de hemorrede, o técnico se tornou colecionador de histórias. "Eu gosto bastante. Faço amizade com muitos doadores. Já fui até padrinho de casamento há oito anos. E eu me torno amigo mesmo, têm alguns que saímos para tomar tereré. É bom demais conhecer as pessoas. Amizade sempre é bom", explicou.

A história que mais marcou Edson, foi de um filho que estava doando sangue para a mãe que estava internada na Santa Casa e ficou sabendo sobre o falecimento dela. "Eu conversei com ele, para manter a calma, e avisei que interromperia a coleta, foi quando ele me disse: 'não interrompe, por favor. Eu vou aguentar'". Quando encerrou a coleta, ele foi direto para o hospital. "Foi bem impactante".

Ele relata que convoca todas as redes de amizade para doar sangue frequentemente, os amigos do futebol, a família, filhos. "O meu filho mais velho é militar e agora doa frequentemente, o do meio ainda está pensando, acabou de completar 16 anos. O mais novo ainda tem 12 e não pode. Mas todos veem o meu exemplo", finalizou ele.

Há 35 anos no Hemosul, Edson já foi até padrinho de casamento de doador
Técnico de hemoterapia, Edson iniciando coleta de sangue (Foto: Henrique Kawaminami)

Serviço - Para doar sangue é preciso ter entre 16 e 69 anos. Em caso de menores de idade, é necessário estar acompanhado do responsável legal. A primeira doação pode ser feita somente até os 60 anos de idade. Em Mato Grosso do Sul, os doadores precisam ter 51 kg ou mais.

Na Capital, o Hemosul da Avenida Fernando Corrêa da Costa, funciona das 7h às 17h, de segunda a sexta-feira, e das 7h às 12h no sábado. É possível doar também no ponto de coleta da Santa Casa, das 7h às 12h, de segunda a sexta-feira, e no Hospital Regional. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (67) 3312-1500 ou (67) 98163-1547.

A campanha "Solidariedade Não Tira Férias" é realizada pelo Campo Grande News em parceria com o Instituto Sangue Bom.

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