Izaulita faz 100 anos no aniversário da Capital e festa é drive-thru
Preocupados com coronavírus, familiares organizaram a comemoração de 100 anos de dona Izaulita em forma de drive-thru
Campo Grande comemorava apenas 21 anos no dia que dona Izaulita Ferreira de Rezende nascia, em 26 de agosto de 1920 numa fazenda nos arredores da cidade, ainda com ares de interior.
Hoje, 100 anos depois, dona Izaulita é testemunha viva do desenvolvimento da cidade e responsável por uma família que a ama e cuida dela. Cuidado que mudou a forma de comemoração dos 100 anos, uma idade tão simbólica.
Preocupados com coronavírus, os familiares de dona Izaulita organizaram um aniversário drive-thru em frente a casa dela. A garagem foi decorada com balões, flores e pequenos cartazes com avisos para que as pessoas tenham cuidado com po distanciamento.
Sentada em uma poltrona, dona Izaulita esperava os convidados passarem em frente à casa de carro para entregá-los alguns docinhos, que ela mesma fez durante dois dias de trabalho na cozinha, e receber as felicitações por mais um ano de vida.
"Eu to muito sentimental, mas to achando bem chatinho (risos). Eu gosto de todo mundo junto, gosto de abraçar, dar um beijinho aqui e outro aqui", diz a aniversariante apontando com as mãos as bochechas onde beijaria se pudesse.
Logo chega uma das convidadas, ela entrega um presente pela janela do carro, recebe os docinhos e as desculpas de dona Izaulita. "Desculpa esse modos de receber, mas é por causa dessa doença", justifica ela.
Mãe de seis filhos, sendo uma adotiva, dona Izaulita criou filhos, netos, bisnetos a até tataranetos. Sobre o segredo de tanta longevidade, ela diz não existir. Porém, o filho primogênito, Djalma Rezende, de 82 anos, revela. "O segredo pra chegar aos 100 anos é não morrer antes". Justo.
Emocionada, a neta, Celeneh Rodrigues, de 62 anos, relembra o cuidado que dona Izaulita sempre deu pra toda família. "A gente é apaixonada por ela, a casa dela é um ponto de encontro pra toda família.
A neta também brinca com o segredo da longevidade da vó. "Ela não toma muita água, mas adora uma Coca, adora doce". Dona Izaulita se "defende". "Mas é claro, numa altura dessa da vida eu tenho que comer o que quero (risos)".
Espírita, virou lenda na família o fato a aniversariante falar há mais de 20 anos que está fazendo a passagem. "Ela recusou ser madrinha do meu casamento porque disse que não estaria mais viva, isso já faz 15 anos", disse a bisneta Juliana Milene de 35 anos.
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