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Comportamento

Pai foi à falência, mas não quer perder luta para ver filho enxergar

Filho recebeu diagnóstico de ceratocone e espera transplante de córnea, e pai faz de tudo por cirurgia ocorrer

Jéssica Fernandes | 03/01/2022 11:35
Juvenal e Gustavo residem juntos no interior do Estado. (Foto: Arquivo Pessoal)
Juvenal e Gustavo residem juntos no interior do Estado. (Foto: Arquivo Pessoal)

Para muitos, ver um negócio minguar a ponto de declarar falência pode ser uma devastação na vida profissional, mas tudo perdeu a importância para Juvenal Guerreiro, de 58 anos, desde que o filho Gustavo Macedo Antunes Guerreiro, 25, recebeu uma notícia que mudou os planos e a rotina. Diagnosticado com ceratocone, o jovem precisa ser submetido a um transplante de córnea para voltar a enxergar. Agora, ele e o pai organizaram uma vaquinha para pagarem o procedimento avaliado em R$ 50 mil.

Quando recebeu o diagnóstico, Gustavo cursava Engenharia Ambiental, mas precisou interromper os estudos. Ele relembra que, na época, procurou ajuda médica, pois começou a sentir dificuldade de enxergar. “Eu estava na faculdade e minha visão começou a ficar ruim e tive que largar. Fui na oftalmologista, ela disse que eu estava com um problema sério e que nem óculos ou lente de contato resolveria o meu problema”, relata.

Morando com o pai, o jovem não costuma sair de casa devido ao quadro de saúde e realiza atividades básicas do cotidiano com dificuldade. “Meu pai não tem muita força, fez cirurgia na coluna, então, não dependo muito dele, porque ele também tá fraquinho”, diz.

Ao Lado B, Juvenal comentou que ele e o filho desistiram de esperar a cirurgia pelo SUS (Sistema Único de Saúde) devido ao tempo de espera e urgência da situação. “Faz dois anos que entramos na fila do SUS, mas é muito demorado, queremos fazer particular. Ele (Gustavo) tá em uma situação bem complicada, tá difícil”, conta.

Juvenal administrava o próprio negócio em Chapadão do Sul, a 331 km da Capital, porém declarou falência durante a pandemia. Agora, ele e Gustavo sobrevivem do pouco dinheiro que sobrou da empresa. “Eu tinha uma conveniência em Chapadão, mas devido à pandemia, quebrei. Eu vendi umas coisas da conveniência, mas tá acabando o dinheiro e não temos para nada”, lamenta.

Caso consigam arrecadar o valor necessário, ele e Gustavo virão para Campo Grande realizar a cirurgia. Esperançoso, Juvenal fala que espera ver o filho recuperado. “Eu fico transtornado em ver o filho com problema de visão, porque como pai sempre quero ver ele bem”, finaliza.

Vaquinha - A família aceita qualquer valor e as doações podem ser feitas no Banco Bradesco, agência 5247, conta corrente: 79423, dígito 6.  CPF: 294 523 091 72 (contato PIX).

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